Almoço a olhar para o mar, a imensidão que se estende pelo olhar, para lá do horizonte e do desconhecido. Agita-se o vento, sacodem-se vontades e ajeitam-se as estrelas, ainda encobertas pela luz que não deixa ver caminho. Distraio-me com a janela do vizinho, que me faz respirar terra firme. Este mar por navegar que me afoga, trago-o nos meus olhos por descobrir, e só o trago porque naveguei mares proibidos, céus por mapear e sorrisos por regressar... ensinada que estou de descaminhos, só me resta caminhar por este mar adentro, que me engole incerto do seu tamanho e do meu caminho. Não me lancem amarras, deixem-me enfunar as velas do sonho e afogar no que ainda não vivi.
Sem comentários:
Enviar um comentário