quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Ando rota, sem tempo de me coser entre os dias. Vejo as nuvens, o sol ou a chuva pela janela à minha frente, quando tenho tempo de abrir os olhos lá para fora. Passaram-se dias já, sem que a minha pele soubesse se estava sol ou chuva. Ando meia febril porque o corpo está em protesto e quer que o oiçam... e parece-me que já passei a fase de me chatear, agora parece apenas que se me apagam as reacções na fonte. Como se já não valesse a pena o esforço de me chatear. E daqui a duas semanas deverei começar a sair de casa hora e meia mais cedo... alguma coisa em mim não está bem, definitivamente. Tenho de me devolver, de me chatear, de perceber a anormalidade disto tudo, de não aceitar tudo porque quero as coisas resolvidas e a funcionar, se nada disso compensa, se afinal este tempo estou a roubá-lo a quem já não o tem, e mais tarde isso vai matar-me. E aí com razão, por uma boa razão. Preciso de parar, de parar o tempo, ou o tempo acabará comigo, levando o que ainda sinto meu.

4 comentários:

  1. Parar para pensar e também relaxar, Vi;)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parar sim, quero, pensar nem por isso... uns dias longe, sem horas e sem fazer nada, isso preciso mesmo... o pior é ter o que se precisa...
      Boa noite, Legionário:)

      Eliminar
  2. Poderá dizer-se que o núcleo da questão anda em erupção prestes a explodir. E um pouco de tréguas, não?!
    Tarde boa, menina Olvido.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tréguas, sim, era mesmo isso que vinha a calhar.
      Noite boa para ti,Perséfone

      Eliminar