Há pessoas que nos vão ganhando aos poucos, sem darmos por isso vão passando a fazer parte do nosso dia, entram descalços como quem respeita o chão da casa que quer conhecer. Vão-se tornando casa e fazendo casa, devagar, com a consciência que cada lugar tem um tempo, mas que tudo pode ser conquistado, ou, pelo menos, acolhido. Há frases que vão ficando, sentidos que nos vão acalentando, ao ponto de se sentir a falta quando o silêncio se torna ausência. Chegamos ao ponto de desejar a presença, sem que disso haja consciência, até que há, e tentamos perceber o que aconteceu, ou porquê, e não há resposta mas há um sorriso que nalguns dias persiste. E medo, não se sabe de quê, como não sabemos explicar porque nos ausentamos do tempo quando repetem frases de outros tempos. Sem o saber, repetem frases antigas que nunca conheceram, que usavam outra voz. Gostam do olhar onde descobrem meiguice... e gostam da minha cabeça, e eu gostava de apagá-la em muitos momentos, partes dela, pelo menos. Gostam dos movimentos, do andar, das expressões que não noto serem minhas... sem saberem o que ouvi-lo move consigo. E face a um ou outro atrevimento catita, com piada, que me faz rir, eu lembro-me do que não quero responder, que já respondi, e no compasso, calo-me. Não quero repetições.
Lembram-me para olhar a lua, e eu quero esquecer que vi. E não sei mais nada, de perdida no tempo em que as palavras me diziam coisas que nunca disseram.
Sabes, é estranho, mas acho que te entendi.
ResponderEliminarFica um beijo. Ou dois. Os que quiseres ou precisares.
Uma noite boa Vi!
Talvez não seja estranho :)
EliminarBom dia para ti, hoje o sol espreita-nos ;)