quarta-feira, 7 de agosto de 2019


... quanto vale a “doçurazinha de carneiro”?... e de que é feita? Tão depressa a doçura deslaça e se aponta o dedo acusador, como se passa rapidamente para o outro lado do dedo. E vice-versa. Juízes neste mundo há muitos, não podemos julgá-los mas não nos podemos deixar julgar por eles, ou não por qualquer um. As leis divinas regem o céu, na terra as divindades escasseiam tanto como a justiça, a coerência ou a razão. Já a ironia abunda e abusa onde há vaidade de sobra. 

[o livro é diferente do que pensava, muito diferente, já há várias páginas marcadas, estou a gostar e quase a acabar...]

2 comentários:

  1. Esse livro de Albert Camus ainda não li, mas gosto bastante destas palavras dele:

    "Amar é...
    sorrir por nada e ficar triste sem motivos
    é sentir-se só no meio da multidão,
    é o ciúme sem sentido,
    o desejo de um carinho;
    é abraçar com certeza e beijar com vontade,
    é passear com a felicidade,
    é ser feliz de verdade!"

    Olá, Vi:)

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    1. Dele já li o Estrangeiro e a Peste já este ano, mas este é completamente diferente, é um ensaio sobre o que ele chama de absurdo ( o divórcio entre o homem e a vida que leva, e o porquê de a levar assim, muitas vezes sem saber porquê e sem se interrogar, a partir do momento em que se interrogue tudo entra em ruptura, porque a vida esgota-se em si mesma, não há essa noção de continuidade com que vivemos em estado latente e que justifica esse modo de viver), gostei, há partes que gostei bastante até.

      Quanto à felicidade, não sei se é amar, ou se poderá ser só amar, acho (ou sei) que não é condição suficiente, ainda que necessária...

      Olá, Legionário :)

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