... quanto vale a “doçurazinha de carneiro”?... e de que é feita? Tão depressa a doçura deslaça e se aponta o dedo acusador, como se passa rapidamente para o outro lado do dedo. E vice-versa. Juízes neste mundo há muitos, não podemos julgá-los mas não nos podemos deixar julgar por eles, ou não por qualquer um. As leis divinas regem o céu, na terra as divindades escasseiam tanto como a justiça, a coerência ou a razão. Já a ironia abunda e abusa onde há vaidade de sobra.
[o livro é diferente do que pensava, muito diferente, já há várias páginas marcadas, estou a gostar e quase a acabar...]
Esse livro de Albert Camus ainda não li, mas gosto bastante destas palavras dele:
ResponderEliminar"Amar é...
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
é sentir-se só no meio da multidão,
é o ciúme sem sentido,
o desejo de um carinho;
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
é passear com a felicidade,
é ser feliz de verdade!"
Olá, Vi:)
Dele já li o Estrangeiro e a Peste já este ano, mas este é completamente diferente, é um ensaio sobre o que ele chama de absurdo ( o divórcio entre o homem e a vida que leva, e o porquê de a levar assim, muitas vezes sem saber porquê e sem se interrogar, a partir do momento em que se interrogue tudo entra em ruptura, porque a vida esgota-se em si mesma, não há essa noção de continuidade com que vivemos em estado latente e que justifica esse modo de viver), gostei, há partes que gostei bastante até.
EliminarQuanto à felicidade, não sei se é amar, ou se poderá ser só amar, acho (ou sei) que não é condição suficiente, ainda que necessária...
Olá, Legionário :)