segunda-feira, 12 de agosto de 2019

As paredes cheias de amor e as ruas sem alguém que ame. 
Nos muros da cidade faltam sombras de gente.
Faltam conversas mornas e lentas, como as horas daqui.
Talvez a Marta tenha partido, ou talvez o amor se tenha partido,
talvez dos cacos nasça o vazio das ruas.
Talvez o vazio profundo escorra das paredes escritas à superfície.
Só as palavras continuam a vestir os muros frios.
As palavras não aquecem.
Talvez a Marta saiba.

[faz-me perguntar o que aconteceu à Marta e a quem escreveu há nove anos este achado que foi um encontro do que queria. E queria mesmo? Nove anos pode ser tempo demais ou pode saber a muito pouco, umá coisa é certa, é tempo suficiente para não se repintar paredes...]

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