Costumo ir pondo numa prateleira, por ordem os livros que vou lendo durante o ano. Esta é a prateleira de 2018. Ou foi. Depois arrumo-os por outra ordem, ainda que deixá-los assim por cronologia de leitura, ocorre-me agora, seria também uma organização gira, com outro significado, onde poderia identificar a altura da vida em que os tinha lido. Talvez não fosse tão fácil para procurar depois um qualquer livro... mas era uma ideia gira que do agora me lembrei, ao escrever isto, mas de qualquer forma este foi o meu ano em livros, falta aqui o que pernoitou para 2019 em fase de leitura: Mrs Dalloway.
Tenho por hábito copiar as passagens dos livros que vou lendo e me fazer parar para pensar para os blogues que vou tendo. Gosto de, de vez em quando, procurá-los, relê-los, outras vezes lembro-me dum qualquer trecho sem quê nem para quê, e sei que escrevi alguma coisa sobre isso e vou ler. É a forma de registo do que me marcou, ou do que gostei, ou do que me fez questionar. Afinal, como tudo o que vou deixando por aqui. E percebo que este ano foram poucos os excertos que copiei para aqui, e que de todos aqueles livros, olho e vejo uns quatro... o Jorge de Sena, o Kundera, o Sándor Marai e o Casmurro. Só depois me ocorrem o Benedetti, de que tanto gosto da escrita e poesia, o diferente Cortazar em oito contos e a Clarice que fez estranhar tanto este livro, e talvez por isso me tenha também marcado mas não me ocorra entre os que mais gostei. Olho e vejo um livro que gostei de ler, escrito por médicos ( uma iniciativa privada e que um amigo do meio me ofereceu por saber que gosto de ler), cada um uma história de um transplante, uma vida que permitiu outra vida de continuar, gostei da humanidade dos relatos e de ficar a perceber mais alguma coisa do que será o processo de um transplante e o modo como as equipas e médicos vivem também estes dramas.
Percebo pelos bocadinhos de livros que aqui fui deixando os que gostei mais e acho que este ano gostei (realmente) se calhar de poucos. Pode ser que este ano mude... na prateleira de livros na calha para ler estão uns tantos de boas expectativas e curiosidade de ler. Por enquanto ainda não acabei o da Virgínia Wolf e sendo o primeiro dela que leio não me está a arrebatar, mas há coisas (algumas, só algumas) que vêm com a convivência, que crescem em nós, que elas mesmo crescem e nos conquistam, por isso, quem sabe pode ser o caso. Ou outros casos. Às vezes gostava que isso acontecesse mais vezes e com muito mais coisas.
Bom dia!
"A maior aventura de um ser humano é viajar,
ResponderEliminarE a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram..." Augusto Cury
Bom domingo Vi, com sol nos teus olhos:)
Sim, concordo, é preciso ler o livro e com isso lermo-nos também a nós e à nossa vida por outros lados... ler nas entrelinhas, ver além do óbvio, pensar no que se lê e não apenas no que está escrito.
EliminarBom domingo, Legionário, frio mas luminoso ;))
Encontrei aí um que amo muito: Sinais de fogo.
ResponderEliminar~CC~
:) foi dos que me ficou do ano e o que mais teve excertos passados para aqui :)
EliminarTambém gostei muito mesmo do Sándor Marai, nas Velas ardem até ao fim, nunca tinha lido nada dele.
Bom dia, CC :)