O dia e a noite são dois amantes incansáveis, de turnos trocados. Quando se tocam fazem o tempo mais bonito, as horas mais doces, ao amanhecer, ao anoitecer. De dia o sol ilumina e aquece. À noite, a cada lembrança do sol, a lua brilha e inunda de luz a escuridão que guarda o céu.
Beijam-se só nas despedidas e seguem os seus caminhos sozinhos. Sempre.
É nas horas desse eterno desencontro que me encontro, mas, de quando em quando, nos entretantos, encanto-me. Com a lua ou com o sol, mas sempre com o amor que os faz brilhar, em que se anseiam, se desejam, enquanto não se beijam os beijos de despedida.
Regressam-se quando se despedem. Despedem-se a cada regresso.
"Tentando conciliar o irreconciliável
ResponderEliminarEu quis fazer real o abstrato
Quis fazer da noite eterno dia
Quis encontrar o amor
Onde o amor não ia..." Augusto Branco
Olá Vi, bom dia:)
O amor vai a todo lado, até aonde não cabe para ficar. :)
EliminarBom dia, Legionário :))
Quando o sol diz para a lua: vem? É bonito, sim Senhor.
ResponderEliminarNão é?... há qualquer coisa de encantatório nessa palavra nesse tom, é um chamamento, um querer sussurrado em proximidade e uma vontade embrulhada em desejo, é lindo esse “vem” :)
EliminarBom dia, Sr Impontual :)
Boa noite, Vi
ResponderEliminarParece que de vez em quando o sol e a lua se encontram "às escondidas" num eclipse :)
Adorei o texto. É música, Vi.
Beijo
Espero que sim, que se encontrem muitas vezes às escondidas :)) e se eclipsem as despedidas ;)
EliminarObrigada, Nanda
Beijo