terça-feira, 8 de maio de 2018


Às vezes, aos meus comuns porquês, respondem-me  "é uma coisa que se sabe, e pronto",  "sabe-se, é assim", acrescentando "é senso comum". E no meu silêncio digo-me que então, rara, só muito raramente, terei isso de comum, de ser comum (de a resposta me calar). E o não ser comum,  comummente - quase sempre -, serve para toda a gente. Todos somos únicos, raros - é comum.  Então o raro e o comum é talvez uma coisa do momento e do lugar, uma perspectiva, que sendo tudo, não é nada, é o que quisermos. Somos todos e não é ninguém. 
Estamos numa era em que todos querem ser "eles mesmos" e "diferentes" e "especiais", e eu só quero - quase sempre - não ter perguntas que o senso comum não convence. O que em mim é comum é querer ser como toda a gente, não me sentir rara, estranha, incomum, fora de sítio, desencaixada - cheia de perguntas que o senso comum respondendo raramente me convence. 
Se calhar o melhor é ser-se comum sem escolher, sem essa consciência, porque por opção consciente não se consegue ser - ou é raro.

4 comentários:

  1. Tens de ir pra filosofa vi. És o platão do seculo xxi;)
    3,33 beijos de bom dia

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    1. ahahah... olha agora a gozar assim tão à descarada com uma mocinha incauta como eu... isso não se faz!!

      boa tarde, agora :)

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  2. Nada é mais relaxante do que sermos apenas um ser humano consciente das nossas imperfeições e limites. Nada é tão stressante como querer ser o que não somos. Quem não tem contacto consigo próprio não consegue reescrever a sua história. E a nossa saúde psíquica agradece Vi 😊

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    1. Pois, é isso eu às vezes gostaria de ser diferente sem ter de o querer... ser simplesmente duma maneira qualquer que me duvidasse menos, me pensasse menos, sabes?
      Então e essas baterias?? Carregadinhas de mar até aos olhos?? ;)

      beijo para ti, Legionário :)

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