segunda-feira, 28 de maio de 2018

[foto @illy_ibiza]
Segunda-feira.
Cara de segunda-feira.
Pois.

[agora, por causa disto, lembrei-me duma conversa com uma amiga que, com um casamento de merd@, dizia “os fins de semana são um suplício... só quero que chegue a segunda feira” - pardon my french... mas é a expressão que mais dá ideia do que é, não é só difícil, não é só complicado conciliar feitios, não é só falta de comunicação, acho que é tudo e há anos que a oiço dizer isso... e não percebo, juro que não percebo, o desperdício de vida. Juro. Para mim é desperdício de vida, é escusado dar desculpas e merdinhas (mais uma vez pardon my french...) , mas se calhar sou eu que também não uso e abuso das bengalas em relações mancas - ou mesmo quase paralisadas - para as ir aguentando e levando melhor... ou vale a pena ou não vale a pena, qualquer outra coisa é uma pena...]

15 comentários:

  1. Vida feliz, a sua, intuo !
    Presumo que é por comparação generosa, que não escreve dos seus.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não escrevo dos meus?... dos meus quê? não percebi... eu escrevo de quase tudo...

      Eliminar
    2. Ela, tinha um casamento de merda.
      Que bom o eu, que ouve de amigos, assim.
      Que ouve, tanto, " quase tudo " dos outros que se merece ouvi-los, gostados, de serem "amiga".
      Bom, ter amigos, quando não ...

      Eliminar
    3. Ela, não tinha, tem. Eu sendo amiga oiço e digo o que penso, ela faz o que entende e eu respeito. Eu entendo que é um desperdício de vida, porque passados alguns anos disto já não (me) parece haver soluções de melhoria, dantes haveria essa esperança, que concordo que devemos ter, temos de passar por essa fase, agora parece-me que não há... mas entendo que nem todos tenham a mesma opinião.
      de resto... e agora lendo o seu primeiro comentário à luz da clarificação dada pelo segundo, até me faz rir... as pessoas sofrem é por razões diferentes, não será isso? Eu quando achei que o meu casamento não fazia sentido, por já não me sentir verdadeiramente nele, não fui usar bengalas e magoar toda a gente (como no caso em apreço acontece, ao que parece de parte a parte...), separei-me. Daí achar que é um desperdício de vida estar amarrada a uma vida que não nos faz feliz e que nos impede de tentá-lo... mas cada um sabe da sua. E ainda que eu não esteja feliz (o que me parece fácil de intuir, a quem não sofra de iliteracia, pelo tipo de coisas que vou escrevendo por aqui na maior parte das vezes ), não desejo ardentemente que venha a segunda feira para fugir de dois dias em que estou mais tempo com a pessoa com quem supostamente escolhi para partilhar a minha vida. Nesses termos prefiro não partilhar, mas, lá está, repito nem todos têm de partilhar desta opinião...

      Eliminar
    4. É ... :)
      Temos sempre razão, quando falamos de nós.

      Eliminar
    5. Não sei se tive razão quando falei de mim?? razão?... não sei, o que sei é que a vida é minha e tomei as decisões de acordo com o que quero dela, se isso é o que chama ter razão ( se calhar é mais ter razões..), então sim, tive, tenho. ;))
      Quanto ao resto, dizemos o que pensamos, como pensamos, e deixamos a decisão para quem tem que a tomar, nem poderia ser de outra forma. Talvez assim quando falarem deles também tenham razão... ou razões :))

      Eliminar
    6. Sem dúvidas. :)
      Há quem fale de vitórias. Há quem fale de sucessos. Raramente são os mesmos, sei lá a razão.
      Dias bonitos para si, Olvido.

      Eliminar
    7. Vi juro que o vai volta não sou eu a querer provocar te como é tão hábito em mim :) mas concordo em parte com ele ou ela. A forma como constróis o texto da a entender que estás a ser judgemental:) que te achas exemplo de qualquer coisa :) mas pronto isto sou só eu a provocar te vi. 9,72 beijos de bom dia pra ti só para compensar a minha nosy personality :)

      Eliminar
    8. Vai,
      Há quem fale de tudo e mais umas botas, há quem responda bugalhos quando lhe falam de alhos, enfim há de tudo como na farmácia, mas aqui não falei nem de vitórias nem de sucessos (como acho que em lado nenhum neste blog, já de fracassos meus, há por aí muito por intuir...). Aliás o sucesso é uma coisa muito relativa e medido por cada um segundo os seus parâmetros, por isso, se quiser chamar sucesso a fazer o que se entende que deve ser feito, a agir de acordo com o que se acredita - mesmo quando isso é assumir uma tremenda derrota, quando isso se traduz no fracasso de escolher um mal menor, quando isso dói com'ócaraças mas acreditamos que ainda assim deve ser feito - então há coisas em que me posso considerar bem sucedida, sim. Mas não era disso que eu falava, mas de não gostar de ver o que eu acho ser (sim é uma opinião minha, não é uma sentença) um desperdício de vida duma pessoa de quem gosto. Não se trata de sucessos ou derrotas mas de maneiras de ver a vida e de tentar aproveitá-la. Não temos outra. Acho eu, mas isto também é uma opinião, há quem acredite que temos muitas... eu não, por isso penso assim.
      Bons dias para si, Vai

      Eliminar
    9. Porventura,
      quem é não sei, nem se o que quer é provocar, mas se entenderam o meu tom no texto como judgemental, a resposta que me foi dada pareceu-me, essa sim, o contrário dum exemplo non-judgemental... mas adiante.
      E o tom com que escrevi o texto foi de uma certa revolta, irritação talvez, por me ter lembrado duma expressão usada por uma pessoa a quem quero bem e que me custou ouvir, ainda mais depois de anos de a ouvir dizer que tem um casamento de merd@, mas não ver mudanças nenhumas, a não ser de vez em quando arranjar uma muleta para ir aguentando as coisas, o que não me parece solução, obviamente, se fosse o caso, estaria tudo resolvido e não haveria queixas e infelicidade... e não sei onde lêem eu ser exemplo de alguma coisa, a não ser talvez quando acho que uma coisa não tem remédio, assumo-o e não invento desculpas, mesmo que nem sempre consiga resolver o problema.
      beijo para ti.

      Eliminar
    10. Porventura que fale, que se cruze nos cruzamentos criados a propósito de não ser eu.
      Aceite-me o respeito de não descruzar, na sua página.
      E o desconforto que possa ter gerado sem querer, nem achar que o merece.
      Parece pessoa bonita.
      Comportar-me-ei a condizer.
      Tenha vontade de sorrir e faça-se as vontades. :)
      Leio o que escreve.

      Eliminar
  2. "...e não percebo, juro que não percebo, o desperdício de vida" Não é qualquer pessoa que tem a capacidade para este tipo de pensamento, o que para mim revela, que mesmo já tendo travado as suas batalhas (ou que continue a travar) é uma pessoa bem resolvida consigo e com a vida.
    No meu círculo de amizades, há muito tempo que desisti de o tentar explicar. Embora as principais razões que indicam para não se separarem sejam filhos, dinheiro ou outros bens, a verdade mais provável é seja mesmo o medo de estar sozinho e da solidão (estar sozinho não significa estar em solidão, mas as pessoas geralmente não fazem esta distinção), somado com a falta de autoestima. O mais importante é sermos honestos não só connosco, mas também com as outras pessoas envolvidas, principalmente com os filhos. Pode não ser fácil (e não é), mas é algo que se aprende. (peço desculpa por um comentário tão longo ;) )
    "A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo." Fernando Pessoa

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Todos temos as nossas batalhas, e não acabam nunca, mas como disse acima, estar agrilhoada a uma situação que nos faz infelizes, sem possibilidade de alternativa, de tentar ser feliz noutro lado, uma vez as hipóteses ali estarem esgotadas, é a sentença fatal. Tentar a felicidade, arriscar, parece-me a solução mais óbvia, mais natural, mais saudável.
      Essas questões de dinheiro e de casas e de outros bens são o que eu chamo de merdinhas... mas uma pessoa vai ficar refém duma casa? a vida toda? vai desperdiçar a vida em troca duma casa? Podem demorar a vender, pode não ser simples nem de um dia para o outro, mas não tentar sequer? não é uma desculpa? eu parece-me que é... a questão dos filhos é mais complicada, mas o que lhe perguntei, neste caso, é se os filhos estarão a crescer com uma noção saudável do que deverá ser o amor, do que deveria ser uma relação, se não sofrem também pelas discussões constantes e faltas de respeito e consideração de parte a parte... se um dia vão achar que isso é normal, como ela não acha e eu também não... as pessoas arranjam desculpas quando é mais fácil deixar andar do que enfrentar a incerteza, o medo... e o meu medo é um dia perceberem que desperdiçaram realmente uma vida, quando podiam ter, pelo menos, tentado. Claro que ninguém tem receitas de felicidade, mas quando há certeza de infelicidade, não valerá a pena o salto no abismo? Para uns a resposta será sim, para outros não... cada um tomará as suas decisões, aos amigos acho que cabe ouvir, dizer o que se pensa e estar ao lado para o que der e vier.
      E realmente quem não sabe ou não suporta estar só viverá e morrerá escravo, é uma verdade :)
      [extensa é esta resposta, hein? desculpe]

      Eliminar
  3. Em Dezembro passado comprei uma casa com a minha Ex namorada, no mês seguinte em Janeiro decidimos separarmo-nos. Não fazia sentido continuarmos juntos só porque tínhamos comprado uma casa no mês anterior. Se nos precipitamos a comprar a casa? Talvez.. mas ficarmos juntos por causa de uma casa quando a chama se havia extinguido seria tortura para ambos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu também não seria capaz de manter uma relação assim, sem ser fundamentada em afecto, em amar. Podia demorar mais ou menos, mas também não faria sentido nenhum para mim continuar numa relação que já não existia para além duma sociedade.

      Eliminar