Há dias que a viagem custa mais. Quando saio a correr e sem café é um desses dias. Saio a correr mas a tempo de não ter de fazer o caminho todo muito (bastante mesmo) acima do limite de velocidade, porque aí ao menos não dá sono… porque não sendo o caso dá-me sono. Mas há coisas que nos acordam, ver uma maca com um lençol por cima de alguém, acorda. Ficamos a pensar que raio andamos a fazer quando há dias fizemos a estrada demasiado a correr para não chegar atrasada a coisas sem importância, no fundo. Coisas como tentar cumprir horários. À chegada, porque à saída não costumo ter. Chego, poiso as coisas, venho tomar café, e continuo a pensar no carro virado ao contrário, na vida que hoje não chegaria a casa, e em quantas do avesso ficariam por isso. Há coisas que fazemos sem sentido, a que nos obrigamos por chamá-las de obrigações, e querermos ser cumpridores, ou que nos vejam e considerem como tal. Mas serve de quê? Faz-nos mais felizes? Talvez dêem alguma satisfação, sim, sentirmo-nos considerados por qualquer coisa, apreciados até, mas felicidade é outra coisa. Acho eu, ou pelo menos para mim.
Sabes Vi, há que aproveitar a vida sem grandes correrias, pois só vivemos uma vez.
ResponderEliminarTens razão. E como diz o outro, antes chegar atrasada neste mundo, que adiantada no outro…
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