"Ontem sorriste,
sorriste quando te tomei nos meus braços e te aconcheguei,
quando as tuas costas respiraram o meu peito e
os meus braços te enrolaram e apertaram dizendo que te querem..."
Ia à procura doutra coisa, e o baú, no meio daquilo tudo, trouxe-me isto. O baú, mais que a minha memória, resiste ao tempo, e eu olho para o que lá está e agradeço que assim seja.
Já não tenho medo. E a poeira que as coisas ganham, cria um véu de imunidade, algo que nos afasta até do já adormecido epicentro dum passado que nunca chegou a ser futuro. Sinto com surpresa que há coisas que já não se lembram de doer aquela dor que queima. Como um calor sem chama, mas também sem luz, o olhar sem dor é diferente, tão diferente, ou indiferente.
Como me encantou ler estas linhas a primeira vez que as li. E agora só consigo ler palavras, e pensar que são só palavras, que se podem dizer ou escrever sempre, e a qualquer pessoa. Concluo que as palavras também murcham. Murcharão os corações?
Só não sei se alguma vez estas encantaram tanto alguém, como eu na altura me encantei quando mas mandaram. Arrisco dizer que não, mas é indiferente.
Por vezes o "baú" aonde guardamos algumas memórias, nesses tempos passados tinham significado, agora já não...
ResponderEliminarSorri, Vi:)
Significado terão sempre, mas muda com a perspectiva que o tempo nos dá... e terão significados diferentes para quem escreve é quem lê, certamente.
EliminarOlá, Legionário :)