Tiraram-me as folhas douradas do outro lado da rua, mudaram-me as vistas e o poiso. Mudaram os escritórios, mas não mudaram as pessoas e as pessoas não mudaram. E eu acho que também não. E começo a pensar que algo vai ter de mudar. Prometi-me que não deixaria esta empresa mudar-me, multinacional ou não, grande grupo ou pequeno grupo. Prometi que não me ia tornar o que não gosto de ver, não gosto de hipocrisia e detesto joguinhos de bastidores, políticas e odiozinhos de estimação bem guardados por trás de sorrisos e pancadas nas costas. Oferecem ajuda para ficar por dentro das coisas, já percebi, já agradeço e dispenso. E dispenso também é por enquanto manda-los à merd@, mas não sei por quanto tempo. Voltando aos escritórios volta a sensação agudizada que as pessoas não trabalham umas com as outras, mas umas contra as outras. Nunca trabalhei assim, e prometi-me não deixar esta empresa entrar-me no sangue, por muito sangue que me ande a custar. Mas como em tudo, quando disser basta, é basta. Terá chegado a hora?
Mais vale dizer basta na hora certa, do que passados uns tempos...
ResponderEliminarOlá Vi:)
Verdade... o que nos põe a pensar quando será a hora certa e como a reconhecemos...
EliminarOlá, Legionário:)
As empresas são pessoas.
ResponderEliminarAs pessoas valem para si o valor que lhes quiser dar...Será nessa medida de importância que irão afetá-lo.
Essas pessoas e esses novos escritórios não irão impedi-lo de viajar para qualquer parte do mundo através da sua imaginação.
É verdade as empresas, são, e valem, pelas pessoas que lá trabalham, concordo. As pessoas afectam-nos pelo valor que lhes damos, verdade, mas eu à partida, acho que todas têm valor, e que não valem nem mais, nem menos, que eu. Por isso afectam-me e fazem-me pensar, não sou imune, não ainda e não enquanto nas as desconsiderar por completo. O que não implica que não me identifique, não goste e não queira para mim o que vejo à minha volta. Quando for insensível ao que me rodeia, quando deixar de me chatear e afectar, terei deixado de ser eu, e é isso que não quero. Nesse dia é que a minha imaginação deixará de ter asas, e eu ficarei presa aquelas pessoas e aqueles escritórios... o tempo o dirá.
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