"Nada há de mais íntimo do que a compreensão.
Quem não te compreender não vai saber como te amar
— não saberá quem és."
Alfredo Serras, «Inéditos e apócrifos»
(intimidade rapinada descaradamente ao xilre)
Não saberá, amará apenas uma ideia ou um sonho, não a realidade do que somos - as sombras, os medos, as ternura mais frágeis, as doçuras mais inocentes. Só quem sabe o que de mais íntimo guardamos, de escuridão e de luz, pode compreender, saber por dentro, nas sombras, o que há para amar, e então, sabendo-nos reais, amar-nos ou não. Qualquer coisa menos que isso é ficar aquém de destino nenhum. É não chegar a sair de si.
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