terça-feira, 4 de dezembro de 2018

[foto @seeavton]

Nos dias de neblina parda 
surgem por vezes,
 com uma nitidez desconcertante,
  palavras com boca de beijo,
que mordiscam atrevimentos imaginários 
 e acordam a alma. 
Há quem lhes chame poesia, 
outros chamam-lhes sonhos. 
A mim dão-me vontade de ter vontade 
de beijar com palavras
 a poesia da pele, 
que acorda sem querer, 
num corpo que só deseja continuar um sono dormente.
Há acordares que custam como partos.

Palavras com boca de beijo, 
promessas sempre por cumprir.
Realidades por acordar.


4 comentários:

  1. às vezes o melhor é continuar a andar no meio da neblina, sem perceber para onde vamos, meio perdidos no meio de uma realidade que assusta.
    :)
    Bom dia Olvido

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    1. ...às vezes não há alternativa, e quando assim é, temos de continuar, mesmo perdidos, mesmo cheios de medo.

      Boa noite agora, JI (há quanto tempo...) :))

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    2. Tenho andado afastada daqui mas vou espreitando e lendo sempre que posso. Tenho sempre saudades de te ler :)

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    3. :)) que bom ouvir (ler isso) de alguém que também gostamos de ler :)

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