sexta-feira, 14 de dezembro de 2018


6 comentários:

  1. Essa arte chama-se Kintsugi ou Kintsukuroi.
    Boa tarde, Acontece a vida acontecer

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    1. Obrigada, Sorrir de novo, não sabia. Acho uma maneira bonita de ver a vida, ainda que tantas vezes seja difícil senti-la assim.
      Boa noite :)

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    2. É difícil, claro.
      As coisas construídas não têm como vocação quebrarem-se. Mas, quebram-se por vezes. E isso, não lhes dá encanto.
      Mas, quando se quebram ou fracturam, já que nós coisas não somos descartáveis, é saudável que lambamos as feridas e cicatrizes e as olhemos como história nossa, com respeito e ternura, agora parte de nós, sem morbidez.
      Escondê-las ou disfarçá-las, é desrespeitarmos-nos e ao que vivemos, também no penoso.
      Boa tarde, Acontece a vida acontecer :)

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    3. O que achei bonito foi a filosofia, o pensamento, de tornar as nossas cicatrizes algo bonito e valioso no fundo. E cada vez mais acho que as pessoas mais "quebradas" pela vida são as que guardam mais encanto, ainda que muitas vezes seja preciso saber ver, tal como nas peças quebradas que são consertadas com ouro. Há quem olhe e veja algo usado, algo que já foi ao chão e quebrou e há quem olhe e queira saber a história do que a quebrou, e encantar-se por essa história a torna - isso sim -uma peça única e com alma. Há quem não esconda as cicatrizes, apenas as histórias donde vieram... e isso é natural, e para mim também é bonito. Nem todos chegam a essa camada, porque é preservada, guardada para quem a mostrar merecer - não é esconder ou negar.
      Boa noite, Sorrir de novo

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    4. Totalmente de acordo, à excepção de que os mais "quebrados" sejam quem tem mais encanto seu.
      Acho que as "fracturas" não tiram nem dão encanto.
      Não somos o que nos acontece. Somos o que fazemos com isso.
      Um dia, se o encontrar, mando-lhe um texto sobre isso que escrevi há anos.
      Tenha noites e acordares bonitos, Olvido.

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    5. Eu não digo que todos que de alguma forma foram quebrados tenham esse encanto, digo que as pessoas que mais me encantaram até hoje, foram quebrados, fragilizados de certa forma pela vida e lidaram com isso. As pessoas que resultaram de todo esse processo têm o encanto duma certa profundidade, e duma vulnerabilidades que acarinham, ainda que protejam ferozmente. Há quem amargue, quem se torne pouco empático com os outros, quem se revolte e se torne frio por dentro. Cada um reagirá da sua forma, mas alguem que não amargou, é alguém que será interessante conhecer. :) é só isto.
      Bom dia, Sorrir de novo :)

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