quinta-feira, 12 de abril de 2018


Acordo-me. Acordo-te. Sorrio.
E sobre a tua pele que a minha adora,
navega o meu desejo, esse navio
que sempre parte e nunca vai embora.
E como um animal uivando o cio
de um milénio, de um mês ou uma hora,
não sei se morro ou vivo, ou choro ou rio,
só sei que a eternidade é o agora.

Joaquim Pessoa


A eternidade hoje é sempre uma memória, um momento que perdura hoje, como ontem, como amanhã e depois. A eternidade guarda-a a minha pele como um tesouro que o tempo não envelhece, há-de a pele enrugar e a eternidade estar para sempre intocada. Como às vezes me sinto pelo tempo, como as cores que o tempo não come - e me deixam sempre o coração a dar-a-dar que nem um doido, como me disseram uma vez. 
Acordaram, esqueceram-se de me acordar, e agora invento eternidades dentro do sonho - nesse sonho uma cadeira basta, e a paisagem que me apaixona somos nós.

4 comentários:

  1. Tanta pressa temos de fazer, escrever e deixar ouvir a nossa voz no silêncio da eternidade, que a maior parte das vezes esquecemos a única coisa realmente importante: viver.

    Bom dia, Vi:)

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    1. ... e tantas vezes vive-se a correr para depois se recorrer a viver às pequenas eternidades que a vida vai deixando escapar entre a correria ;)

      boa tarde, Legionário :)

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  2. A eternidade é o agora, seja sonhando a vida seja vivendo o sonho.
    E que sítio tão lindo, Vi.
    Um sorriso para ti, menina bela-adormecida.

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    1. É lindo, sim. Casa das Penhas Douradas, estive lá o ano passado com um nevão imenso :) esta foto é de tempo sem neve e é da net, não é minha, mas acho que na altura até pus aqui no blog uma foto de lá. A paisagem toda vestida de branco e o interior da casa, toda forrada de madeiras, tão aconchegante é uma sensação óptima :)
      Um beijo para ti, Nanda sonhadora :)

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