terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Sentada sozinha em frente ao mar, de gorro e cachecol, a ouvir o marulhar da imensidão. 
Começar o dia com um funeral, que tendo distância bastante não nos mexer, me faz lembrar fins, que há coisas que têm de acabar - na verdade, que todas as coisas acabam. Sento-me aqui e reparo no céu, com uma linha interrompida, que se calhar são duas, mas que a mim me lembrou logo das coisas que, a espaços se continuam, que regressam, e penso que se há sempre regresso, será que terá havido realmente partida? Ou melhor, fim?  Eu não sei responder, e ninguém me responde.

2 comentários:

  1. Detesto a palavra fim e tudo o que ela traz com ela mas gosto de pensar nos regressos e nos recomeços.
    Bj

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    1. A palavra fim traz sempre agarrado um começo, que por difícil que seja, depende também de nós. Os regressos não serão recomeços, mas fins que não terão realmente acontecido, suponho. :)

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