sábado, 25 de novembro de 2017




[foto @bird.ee]

Aqui o mar é sono perpétuo, câmara para o mais terrível segredo.
Entro nele de mãos trémulas, certo das minhas cedências.
Recordo o sabor salino de outras perdas, casas tombadas das quais sou solidária ruína.

Vasco Gato


[Sou solidária ruína de sombra.
É na sombra que se procura o sono que descansa,
é nas ruínas do tempo que se bebe a eternidade, 
que concedemos termos cedido.
Talvez de menos, talvez de mais. ]

4 comentários:

  1. ...mas sempre porque sentes, querida Vi. E sentindo provas o quanto és ousada e corajosa. Por isso dá-te um tempo, para te reconstruires. Para de novo "respirares" em direção à luz.
    Não sei dizer de outro modo: só que te abraço.
    Nanda

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    1. Há reconstrução todos os dias, e luz em alguns, mas as ruínas pesam e prendem os movimentos e estou cansada de sombras... sentir é uma inevitabilidade, não é coragem ou ousadia, porque não escolhemos. E tempo nanda, todos temos tão pouco para desperdiçar com o que não queremos... mas esse abraço quero, e sinto e agradeço :)
      Beijinhos

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  2. A imagem do que amamos é como a nossa sombra: segue-nos por toda a parte.

    Bom dia, Vi:)

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    1. mas não deveria ser a luz, que à frente, nos mostra e conforta o caminho? Gosto de sombra e de escuridão mas so fazem sentido se tivermos e sentirmos luz... de resto quem amamos está sempre no bolso de dentro da pele, com luz ou com sombra, é lá que sempre os guardamos e protegemos, nem sequer chove lá ;))
      Bom dia, Legionário

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