[foto @adrianscutariu]
Naquele dia acordaram sem os fios que vinham do céu. Como se lhes tivessem cortado deus. Não havia guião, faltava-lhes o próximo acto e o seguinte e todos os outros, não sabiam que cena seria aquela, as falas emudeciam e a surpresa encarniçava-se no olhar, na paralisia dos movimentos que dantes eram tão expressivos. Sem fios faltava-lhes o sangue e a vida. Vida que nunca foi, que nunca soube ser ou não ser.
Só agora olhavam o cenário e percebiam verdadeiramente que, naquele momento, aquelas sombras eram deles, e estavam inertes como mortas. Sem saber o que fazer ou para onde ir, o que dizer ou sequer pedir. Tal como eles, até hoje, tinham sido apenas sombras de simples marionetas que alguém conduz como se deus fosse. E sombra não é gente. Tela não é vida.
"E sombra não é gente. Tela não é vida."
ResponderEliminarOlá Vi, este teu Post vai um bocado ao encontro do anterior...mas que há vidas assim, lá isso há:))
:))) sabes que o que aqui me saiu teve só a ver com a imagem?? foi o que me sugeriu e foi-se desembrulhando assim, até talvez mais no sentido, ou com a conotação de deus mexer os seus cordelinhos, ou o destino, e de certas coisas e amarras servirem para se justificarem de serem meras marionetas, foi mais por aí... não fiz essa ligação, mas talvez realmente haja alguma parecença com tanta marioneta que por aí anda sem saber... ou sabendo (sei lá...)
ResponderEliminarBoa tarde, Legionário!!
Eu quero crer que dos resquícios (visíveis ou não) desses fios cortados eles possam construir um violino.
ResponderEliminar:)
E fazer música divina.
Boa noite, Vi
Nanda
Sim, daqueles violinos que só tocam de improviso ;)
ResponderEliminarBoa noite, Nanda