A aproveitar os últimos cartuchos. Daqui a nada banho e estrada até à vida de todos os dias. Ainda não pensei no caminho, mas não o quero direito nem directo, quero saborear o tempo, lamber com os olhos as vistas que dão de comer. Quero parar e guardar momentos, quero música o tempo todo, quero vidro aberto e o vento a passar. Quero o sorriso a vestir a alma e quero gargalhadas que dispam tudo. Mesmo sozinha quero tudo inteiro e completo. Quero o azul no longe da linha do horizonte e até lá o dourado que será fogo ao entardecer. Quero arder nesses tons. Quero não pensar e ter tudo pensado. Quero mais que tudo, não querer nada. E tê-lo.
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