segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Sentou-se à espera do que não se espera,
do que não se espera alguma vez esperar.
Sentou-se e procurou o que não se procura,
o que se procura nunca procurar.

Porque os encontros não se procuram
e os desencontros não se esperam.

Um dia, sem estar à espera,
quando já não procurava,
deu por si a esperar 
não ter encontrado o que procurava.
Porque só sabia esperar o que não se espera
Só sabia procurar o que não se procura

Ninguém lhe ensinou
 o encontro inesperado.
Aquele que nunca se aprende

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