Ela enrola-se nele por toda a pele que consegue, abraça-o com o corpo todo, até não haver fronteiras, nem vazios, um corpo começa onde o outro não acaba, tudo se mistura, se confunde, se funde, mas não se baralha. Se ele se levantasse ela iria com ele colada na pele, nos cheiros de tudo em nada, em todos os sorrisos, na alma que teimava em estar presente, mesmo no esquecimento, sem fronteiras nem misericórdia. Se ele fosse, ela não ficaria. Mas ele não se levanta, respira devagar e com prazer a eternidade que soube desde o primeiro beijo, que sentiu. E a eternidade nunca larga a sua presa. Quem brinca com a eternidade ganha o resto da vida toda para se arrepender.
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