Eu a olhar para ele, e ele - juro que parece - a olhar para mim. A pensar em consumirmo-nos, e só esta ideia é já um prazer, e por isso se prolonga. A ideia de um prazer é já prazerosa, por isso às vezes adiamos o prazer, aquela hora em que, derradeiramente, nos entregamos e largamos as rédeas - balançamo-nos livremente na sela ao sabor do galope. E eu olho e - juro que parece - ele olha-me também, com o mesmo desejo, quase volúpia. E assim ficamos, neste adiar do prazer para que nunca se extinga - o destino de todos os prazeres. Mas que se renova, felizmente ou não.
E tudo isto porque afinal ao fim‑de‑semana - e eu já não me lembrava - só vendem tabaco até à uma da tarde.... Grrrr que seca pahhhhh vai uma pessoa ao supermercado e depois toda lampeira às bombas para reabastecer os 4 maços de tabaco para a semana... e é isto! A modos que estou aqui a olhar o último moicano no maço e a poupa-lo, porque até amanhã não há mais... isto porque a última remessa durou mais e descalculou-me o período de stock... Fonix!, se ao menos me safasse com pastilhas elásticas... mas não... amanhã além de cigarros terei de reabastecer o stock de chocolate preto cá de casa... raios!!
Formas de enganar o tédio do confinamento? Existem muitas, umas mais saudáveis que outras ;) Eu votava no chocolate. Nisso ou em atirar pedras pela fresta da janela, tentando não partir os vidros :P
ResponderEliminaro chocolate ganhou, marchou o resto que havia cá em casa :) mas essa sugestão era capaz de ser animada... com a minha pontaria certeira em acertar sempre ao lado :D
EliminarFeliz pelo destino do chocolate ;) Talvez pudesses ver nisso uma boa oportunidade para afinares a pontaria. O ponto fraco pode transformar-se, num ápice, num ponto forte :P
EliminarHumm não sei, acho que o mais eficaz será contar com a minha pontaria para acertar sempre ao lado, e passar a apontar para o lado :D pode ser que comece a acertar alguma coisa ;))
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