segunda-feira, 29 de março de 2021

 Ahahahah 

Fartei-me de rir quando me mandaram isto... 

bom dia!

 Tu e eu, finalmente. Na varanda, na primeira noite em que o frio não encurta o tempo de olhar o luar pousado em cada coisa. Daqui não vejo a lua, mas distingo a luz prateada que inunda as sombras, vejo o clarão quase por cima de mim, em que o céu deixa antever o que os olhos não encontram, mas sabem. Há muita coisa que é assim, não? Se calhar não, e estou enganada. Quem sabe? E quem quer saber? Eu não. Não importa. Agora o que importa é que vou estar os próximos dez minutos a fumar o meu último cigarro do dia, que é também o segundo, mas guardado até agora. Guardamos o que queremos aproveitar totalmente, quando tivermos dez minutos para fazer deles os melhores que poderíamos. Aquilo que se pode guardar, pelo menos...  porque nem tudo pode ser guardado, infelizmente. Ou felizmente. E hoje precisava deste ritual de encerramento, de fecho, de qualquer coisa que me fechasse em mim sob a primeira noite deste ano onde, à noite e a estas horas, não tenho frio, mesmo sentada no degrau da varanda, como tantas vezes, a olhar o céu e a gozar o ultimo (e não fosse por outro, o único - o que também acontecerá curiosamente em muita coisa... ser quase único) cigarro do dia.

domingo, 28 de março de 2021

 [foto @hana_photographer11]

Eu a olhar para ele, e ele - juro que parece - a olhar para mim. A pensar em consumirmo-nos, e só esta ideia é já um prazer, e por isso se prolonga. A ideia de um prazer é já prazerosa, por isso às vezes adiamos o prazer, aquela hora em que, derradeiramente, nos entregamos e largamos as rédeas - balançamo-nos livremente na sela ao sabor do galope. E eu olho e - juro que parece - ele olha-me também, com o mesmo desejo, quase volúpia. E assim ficamos, neste adiar do prazer para que nunca se extinga - o destino de todos os prazeres. Mas que se renova, felizmente ou não. 

E tudo isto porque afinal ao fim‑de‑semana - e eu já não me lembrava - só vendem tabaco até à uma da tarde.... Grrrr que seca pahhhhh vai uma pessoa ao supermercado e depois toda lampeira às bombas para reabastecer os 4 maços de tabaco para a semana... e é isto! A modos que estou aqui a olhar o último moicano no maço e a poupa-lo, porque até amanhã não há mais... isto porque a última remessa durou mais e descalculou-me o período de stock... Fonix!, se ao menos me safasse com pastilhas elásticas... mas não... amanhã além de cigarros terei de reabastecer o stock de chocolate preto cá de casa... raios!!

sábado, 27 de março de 2021


 Tem resultado, não sei bem o quê, mas tem resultado... até agora em Março só me baldei um dia - um único dia! Estou espantada comigo, essa é que é essa! Não sei se as fotos destes meninos a olharem para mim têm ajudado a manter o espírito e a vontade... mas, enfim, mal não fez de certeza. Aos olhos pelo menos faz bem :) agora é tentar manter o ritmo e ficar mais desempenada e menos crocante ao levantar :D  hoje é dia de yoguiiii mais prolongado... estou a ver se o sofá me expulsa para ir dar conta desse recado... entretanto vejo este mocinho - que, digamos, não apanharia chuva no meu quintal, nem preguiça no meu sofá... - tão cheio de saúde, e regalo os olhos a adiar a minha... Ahh a ronha de fim‑de‑semana, coisa tão boa!

sexta-feira, 26 de março de 2021

 - ... têm aí uma cadeira vazia.

- nós sabemos.

[das coisas que algumas pessoas não entendem... e são tantas e tão diferentes! Algumas não sei se mesmo perguntando e respondendo lá chegarão...]

quarta-feira, 24 de março de 2021

 A memória já não tem o cheiro a tinta fresca. E não me lembro de me aperceber disso antes de agora, cheirava sempre como quem tinha acabado de ser pintada, cheiro a novo, hoje, ontem, há anos, sempre. Não agora, não este hoje. O luto parece que já as faz descascar e despir da sensação do agora, espalham-se os restos pelo chão que se arrasta já debaixo dos pés. Quase dois anos afinal - para muitos, mais que suficiente para deixar morrer gente que não queremos deixar viva em nós, e aquela cena, quase banal, da série das últimas noites, fez-me disparar entredentes e sem dar conta... “já não sei o que isto é”... e não, já não sei, e já nem consigo lembrar com as cores todas, com tudo, com o agora na pele, com o ainda aqui, com o já da urgência que já se viveu. Não, já não cheira a tinta fresca a memória, tão cheia de memórias que se perdem em momentos perdidos. Já nao cheira a vida viva. É o luto, é o luto que já não luta, aceita e entrega-se ao desfiar do tempo, das cores, dos sentidos, ao já não saber o que é sentir no agora, um agora que ficou sem passar durante tanto tempo, e que afinal nunca foi. Já não sei o que é viver, estar, mergulhar, naquela sensação. Navegá-la, mergulhando a alma inteira. Se tiver sorte, nunca soube, e quando o souber, não quero sabê-lo sozinha. Para o saber realmente, não poderá ser.  

terça-feira, 23 de março de 2021

 E seria uma boa noite, uma óptima noite.

Algumas viagens podem fazer-se sem sair do sofá. Como algumas das melhores voltas ao mundo.

segunda-feira, 22 de março de 2021

 


Ontem na nossa passeata a várias patas, reparei nisto. E não é que concorde, discordar também não será bem o termo... todos teremos alguma coisa de pedra, uns o coração, outros têm uma cabeça dura como pedra, alguns a certeza de certas convicções, outros ainda uma armadura granítica, mas não, não seremos todos pedra... Já calhaus, é diferente, haverá vários géneros e famílias, e graus... mas fiquei a pensar qual será o assumido grau de calhau de quem o escreveu na parede...

domingo, 21 de março de 2021

 

Ronha, preguicite, disposição para dolce fare niente... mas até já fiz muita coisa hoje. Obriguei-me a dormir mais quando a Pintatolas me foi acordar às nove da matina. Negociei com ela (só eu e ela em casa)  prolongar o sossego, acarinhar o domingo desde que nascemos para ele... e adiar esse nascimento... e concordou, ficámos até às onze. Depois, saltar da cama dar-lhe de comer e aos outros, dar um tratamento ao trombil, dedicar-me a uma sessão prolongada de ioga que ainda sinto nos músculos, fazer as famigeradas limpezas de fim‑de‑semana devidas (agora muito aliviadas, graças a deus a senhora que limpa e passa já regressou... a falta que ela me faz valhamedeus, é o luxo mais necessário que tenho), e finalmente, saborear na varanda a minha omelete e salada, com chá e agora um café, com sol. Só ainda estou porquicha, ainda não fui ao chuveiro... vou aproveitar um tico de sol, acabar o meu café, ler um bocadinho se calhar, pintar as garras talvez... e depois vou. Não há pressa hoje. Nem pressa para ter pressa. E nisso ando a pensar muito... quando isto voltar mais ao "normal" lá vou eu acordar duas vezes por semana às seis e meia da matina, sair às sete e meia para chegar às nove onde tenho de estar... dormir por lá, andar de mala atrás, faltarem-me as minhas coisas e as minhas pessoas também... não me apetece voltar ao normal, consigo trabalhar em casa muito bem, ir lá de vez em quando, aconchegar a minha cama todas as noites... enfim, essas coisas. Mas não faltará muito para todo esse carrossel me dar a volta à cabeça... mas foi o que aceitei e gosto do que faço. Tudo tem um preço, pelo menos comigo parece assim, nada vem sem exigências, sem ter de dar de mim coisas que gostaria de manter. Mas é a vida, dizem; e apesar de tudo gosto dela, escolhi-a, essa é a verdade. Escolhemos para nós o que, feitos todos os balanços, preços e valores, gostamos.

sábado, 20 de março de 2021

 Ontem foi dia do Pai. E tomei café com ele na varanda cá de casa. Há mais de um ano que não vinham cá a casa. Ontem aconteceu. Passaram de carro nas suas (poucas) voltas fora de casa, e viram-me. Pararam e subiram, o meu pai tinha levado pilhas novas (como ele diz) na consulta do dia anterior e lá subiram, ainda sem elevador. O meu pergunta-se se ainda o estreará. Eu sei que sim porque não sei saber outra voisa, nem quero. Tirei dois cafés e fomos para a varanda, longe mas à distância do olhar. Estava sol, mas frio, mas lá fora é melhor que cá dentro, e lá ficamos um bocadinho, eles os dois e eu, a miúda um tico ainda antes da aula. Não fossem as máscaras depois do café, quase parecia normal. Ou melhor, quase parecia que não temos de andar a fugir do vírus, normal há muito que não é. Antes de saírem disse-lhe: 

- amanhã vou fazer um bolo e levo-o para comermos no jardim, que hoje é dia do pai.

- Ahh é? Então devia ser hoje, ora!!

- Pois, mas não foi, hoje foi a notificação para amanhã, e café...

Ele riu-se, sei que prefere a uma qualquer prenda, prenda só talvez vinho, para o bebermos juntos, o que agora não acontece... e prefere porque é guloso, sim, mas principalmente porque sabe que é um mimo especial. Sabe que só me enfio na cozinha por pessoas que gosto, que quero mimar, pessoas que quero que saibam que gostar de as mimar faz-me gostar de me enfiar na cozinha e ver o que sai... e se irão gostar (vulgo se estará comestível, ou pelo menos não-intragável...)

Estou aqui à espera que o forno acabe a sua magia, para lho levar e dizer que quero muito para o ano fazer-lhe outro, quero muito, mesmo muito. E acho que ele sabe, mas não dizemos nada. Somos esquisitos, dizemos coisas sem falarmos. Somos uma família estranha, e isso é normal. Sempre foi.

sexta-feira, 19 de março de 2021

 


As mulheres há dias em que acordam e precisam de se sentir bonitas, desejadas. Outros dias querem sentir que são ouvidas, consideradas. Dias há em que precisam de saber da sua competência, seja o que for a que se dediquem. Depois há aqueles dias em que não querem saber de nada, só querem o seu mundo e a sua dimensão, e que não as chateiem no seu sossego. Não querem saber de mais nada. No meu caso, hoje, e é bom, o sol chega-me, trazer a Pintarolas ao jardim e deixar-me baloiçar entre um minuto e outro de não fazer nada...

Os homens acordam e acho que a única coisa que querem e precisam é de não terem problemas que não saibam resolver, e alguém ao lado que não lhes recuse o toque. Têm menos botões, serão mais simples, mas se calhar nem sempre. Mas o que não admira é que a felicidade conjunta esteja pelas ruas da amargura na maior parte dos dias... mas talvez hoje seja um dia bom, sexta-feira e tudo...

quinta-feira, 18 de março de 2021

 


Ando para falar desta moça há tempos, mas adio por preguiça, ou qualquer outra coisa que me faz não querer seguir o fio à meada. Porque tenho sentimentos muito diversos em relação à bicha. Tem muita coisa que me irrita até à medula... nunca me passei tanto com um bicho. E acho que nunca admirei tanto uma ternura assim, um coração que só deve vir em tamanho de cão e este mesmo nessa categoria é enorme, incomensurável. A mãe conquistou-me e é muito mais minha, esta é um caso à parte, outra categoria, ou talvez, sem categoria que lhe caiba. Já levou umas tareias, que não lhe doem mas me deixam as mãos feitas num oito, ela é dura como ferro, só músculo. E inconsciência, completa. É uma criatura com um jeito muito próprio, ou muita falta de jeito. Tem focinho de patetona, nunca conheci focinho com ar tão pateta, e ela está à altura do focinho, só vos digo. Se fosse gente devia ser daqueles super optimistas, cheios de teorias positivas e muito inconsciente. Nada a faz parar, ou pensar. Faz uma asneira agora, fica de castigo, mas durante o castigo já não se lembra (ou melhor não quer saber), já passou, já está feliz e pateta outra vez. Não aprende. O que pode ser giro às vezes. E é. Mas faz-me pensar coisas que não gosto. Que há criaturas que não aprendem, que foram feitas assim, e pronto. Estupidas basicamente, e sem conserto à vista. Nem todas optimistas e sempre felizes e inconscientes. Não, algumas nada disso, mas sempre a especializar-se em erros diferentes da mesma estupidez. Portanto esta criatura ao mesmo tempo que me irrita solenemente e me lembra coisas que não me apetecem, enternece-me duma maneira que me desconcerta. Que não cabe ou sabe de moldes. É duma meiguice e duma doçura bruta que é impossível resistir, só não sendo estupida talvez se possa resistir e racionalizar, ou assim... Não é o meu caso, obviamente. 

E é isto, foi-se chegando e achou por bem contribuir com o seu ioga, esticando-se ao meu lado no tapete. Gosta de me sentir à altura do seu focinho. Gosta do focinho a focinho como quem gosta de um tête-a-tête. Eu deixei-a ficar, esticada ao lado do tapete, a olhar para mim com aquela patetice inata em que o seu olhar está mergulhado, e nos abalroa em misericórdia. Depois, no fim, na posição de chinês - eu, isto é, não ela - achou por bem sentar-se entre os meus joelhos. O que rapidamente passou ao deitar-se, e em menos de um fósforo adormeceu. Tem uma vida muito agitada e cansativa, pois... Tive de registar, porque me ri verdadeiramente hoje com ela, e sorri e lhe dei mimo e gostei da companhia no ioga, e na sua maneira parva de mimar os outros. Esta criatura tem qualquer coisa, mas uma qualquer coisa que nao entendo. E ora me leva ao inferno, ora nos mimamos em momentos divinos. Como hoje.

quarta-feira, 17 de março de 2021

 


Agora. Ao final do dia, já noite, tendo falhado miseravelmente a obra prima de cores do aceno de despedida do sol, que espreitei pela janela, mas enfiada no computador. Belas férias, estas. E não se avistam mudanças para amanhã... mas agora, agora carreguemos no botão. Pause. 

 Ela enrola-se nele por toda a pele que consegue, abraça-o com o corpo todo, até não haver fronteiras, nem vazios, um corpo começa onde o outro não acaba, tudo se mistura, se confunde, se funde, mas não se baralha. Se ele se levantasse ela iria com ele colada na pele, nos cheiros de tudo em nada, em todos os sorrisos, na alma que teimava em estar presente, mesmo no esquecimento, sem fronteiras nem misericórdia. Se ele fosse, ela não ficaria. Mas ele não se levanta, respira devagar e com prazer a eternidade que soube desde o primeiro beijo, que sentiu. E a eternidade nunca larga a sua presa. Quem brinca com a eternidade ganha o resto da vida toda para se arrepender. 

domingo, 14 de março de 2021

 


Das regras fundamentais. Tão básica que não sei como tantas vezes nos esforçamos por fechar os olhos e fingir que não sabemos, que não vemos. É impossível não saber, mas é possível, e terrivelmente provável, que neguemos vê-lo. E negarmo-nos ver o que quer que seja, é já tê-lo visto, mas não querer sofrer. Agora que ninguém está com ninguém, será que se torna mais fácil ver? A atenção que não se tinha? Ou será isso ver que não se tinha? 

sábado, 13 de março de 2021

Estou perfeitamente entranhada de confinamento. Saio de casa mais ou menos duas vezes por semana nos últimos dois meses, uma para ir ao supermercado e outra para comprar cigarros, como ontem. Hoje ou amanhã será o dia de supermercado. Fora isso só para ir ao hospital quando é preciso e levar a tracção às quatro ao jardim aqui perto, que para mal dos pecados dela não tem sido muito frequente. A verdade é que sinto cada vez menos falta, e o que me falta mais é tomar café numa esplanada - que substitui pela minha varanda - e os meus retiros para ler e não fazer nada, longe daqui, onde os olhos se lavam noutras paisagens e a alma se aninha num silêncio que aconchega. É o que me faz mais falta, curiosamente. E para a semana estarei de férias e ainda que tenha que trabalhar alguma coisa durante a semana (porque sou parva, mas é defeito de fabrico, já não muda) apetecia-me ir para um daqueles sítios que descubro no meio de nada que têm tudo o que me apetece. Mas não, não vou, vou ficar pela varanda e apostar em caminhadas e leituras na varanda, e adiantar trabalho que deixei atrasar. Mas apetecia-me tanto, mas tanto. Até a viagem até lá, até isso me apetecia. É estranho não é? Quero estar sozinha quando sozinha é o que estou grande parte do tempo, só quero uma solidão que possa verdadeiramente aproveitar. Não são todas iguais, suponho que como as companhias. Nem todas oferecem o mesmo e algumas roubam-nos tanto. Tempo algumas, outras muito mais que tempo.

sexta-feira, 12 de março de 2021

 Muitas vezes é. 

Outras não é terapia, mas sabe bem. A mim sabe-me muito bem.

Umas voltas pela cidade, e um cigarro em qualquer sítio... ao tempo que não fazia isto. Tantas coisas que uma pessoa deixa de fazer nestes tempos esquisitos... e algumas não temos de deixar de fazer.

quinta-feira, 11 de março de 2021

 Asas que não se atrevem a voar

são só penas...

Lastro que não conseguimos descarregar.

E tu, atreves-te? Ou carregas-te?

quarta-feira, 10 de março de 2021

 Ando outra vez a esticar as noites, ou os dias, ou deixando-me ficar, faço as duas... mas fechar o computador já depois das oito dá nisto, precisar dumas horas para esquecer a cabeça. O dia também. Venho fumar o último cigarro à varanda, está frio e silencioso, poucas estrelas a assistir ao espectáculo da cidade adormecida. E eu já devia fazer parte dessa peça, disfarçada de noite, de olhos fechados e a sonhar o que já não consigo acordada, de olhos abertos. E dizem que depois de se abrir os olhos já ninguém os consegue fechar, mas para os sonhos ficam fechados. É preciso muita coragem (ou estupidez) para se sonhar depois de nos abrirem os olhos.

terça-feira, 9 de março de 2021

 [foto @marianovivanco]

Deparei-me com isto. Frase que a minha mente disparou antes que tivesse tempo de dizer ai Jesus: então mas a tua mãezinha não te ensinou que não se limpa aos cortinados??”... e  pronto tive de me rir da minha própria parvoeira... uma pessoa tem de ensinar tudo a estas crianças?? Ou estará ele a coçar as costas, ou assim?... se for isso sempre é melhor dar uma ajudinha que lavar cortinados... a minha filha relativamente à apresentação física do moço diria... txiii olha aquela tablete de chocolate mãe!!! (Sim, a miúda tem umas saídas que tenho de me controlar e dizer para ter mazé juizinho... uma vez acerca dum mocinho, em conversa ao telefone durante as férias de verão, até tive de escrever para me continuar a rir depois... doida como a mãe, é o que é...)

 Nope, I don’t...

Acho que cada um tem de lutar pela sua alma, pela sua felicidade, pelo que quer, e às vezes isso é lutar de todas as maneiras que consegue por estar perto da alma que nos sossega a alma, que a nutre, que a faz mais feliz. Outras não, outras é não desistir, contentando-se com menos que isso... porque o universo não faz acontecer. Vida há só uma, universos não sei, e não creio que sejam curvados, como os que dizem que devolvem o que se dá. São as pessoas que devolvem, se quiserem, e com isso fazem acontecer o que de outra forma não deixariam de ser apenas acasos... fruto do caos, da sorte, do azar, dos desígnios inconsequentes do universo.  

sábado, 6 de março de 2021

 [foto @hana_photographer11]

Fim de semana!!!.... hoje dia de limpezas... que fixe né?? Espectaculo de prograna, limpar o sítio dos cães lá atrás todos os fim‑de‑semana, varrer a casa, depois aspirador, depois esfregona... uma animação, portanto! Depois o meu ioga, depois banho... destes, às meias horas de banheira. Ficar de molho a dissolver a preguiça no tempo, pensar no futuro, no de agora e no que há-de vir, nas saudades do meu Alentejo, do monte que hei-de fazer meu, ou ele fazer-me sua... sim, gosto dessa ideia de pertencer... Agora sete dias sem miúda... a casa mais vazia, enche-se trabalhando um tico mais... hoje à tarde, entre o desejado passeio da pintarolas e acabar o livro, é ao que me vou dedicar, abençoada pelo sol, se assim se mantiver a disposição de S. Pedro... mas para já, para já, limpezas... porra!

quinta-feira, 4 de março de 2021


 nahhh.... não invejo, nem eu o quero fazer de parvo. Muito menos com uma maçã....se fosse com umas bolachas, ou chocolates ou assim, ainda vá, que até o convencia a fazer-se de parvo... agora passar uma maçã por almoço nahhh... só se fosse para trincar os apetites à tentação e servir de pré-sobremesa pouco parva.

quarta-feira, 3 de março de 2021

 

E eu desatei uma gargalhada... há gente com muitas dioptrias, mas há uns que abusam, ou então já tem o nariz tão comprido que lhe retira campo de visão, só pode. Isso e pensar que estas coisas colam... coitado do moço, com todo o respeito, claro. A minha filha ao ver-me desatar a rir veio logo querer ver... "ah pois e depois dizes nao sei o quê, está bem está... a minha mãe é uma MILF, está visto"...  Onde é que aprendeste isso? hum?... e claro começa a danadinha a gozar comigo. Pronto já eram dois a gozar comigo! Rimo-nos as duas, com todo respeito, pois. Respondi ao moço a agradecer, mas que não aceitava, por principio, pessoas que não conhecia de facto. Já recebi outras embora, verdade seja dita, menos respeitosas e alongadas, e muito menos exageradas, mas muito mais parvas.  E não aceito, a não ser que conheça de vista, de já nos termos cruzado pelos caminhos e sítios da cidade, ou de amigos comuns, mas essas nao vêm acompanhadas de mensagens deste género, obviamente... mas com isto fiquei a pensar que se a mensagem fosse gira, com piada, sentido de humor inteligente e com uma pitada de "je ne sais quoi" eu era capaz de ter respondido de outra forma... e se não tivesse fotografia, porque tiraria logo parte da piada. Não sei porquê, talvez porque se o achasse giro, interessante, ia achar que era convencido e parvo, e com a mania que todas caem, e se não fosse talvez fosse melhor descobrir só depois de o poder achar muito interessante, porque isso cria uma atracção muito mais rara e duradoura, melhor. Ou então foi só o sonho do outro dia, de que ainda me lembro com prazer, não sei. Sei que deu para rir... e isso já nao é mau, o pior agora é aturar a minha filha... :DD

segunda-feira, 1 de março de 2021

 


Bem precisava aqui dum alento, duma motivação acrescida, de qualquer coisa que me faça combater a preguiça, e a vontade de sofá... ainda na semana passada, numa reunião, estive quase duas horas a ouvir as teorias positivas e de coaching,  e nós a vermos que nos estão a lixar mas com um sorriso muito positivo no semblante... e eu sim senhor, pois claro, é tudo muito positivo e podemos, e vamos, melhorar muita coisa, mas vamos ser lúcidos e ver também o que está à nossa frente? Porque eu tento fazer isso, de outra maneira, com tanta coisa positiva e tangas e tal ... há a melhorar o quê? Hum? Pois... bom, mas estava eu aqui a pensar que em vez de coaching eu dedicava-me era ao couching com este especialista aqui... hum hum isso é que seriam sessões de couching com resultados muito melhores que horas de coaching.... ai tantas tretas e eu a assobiar para o lado... e a notar-se. Ahhh com um couching com um coucher destes eu seria muito aplicada e nada de assobiar para o lado, aliás nada ao lado, nada. Aiiii mas o que eu estava mesmo a pensar, é que olhar para estas coisas lembra-me as bolachas da semana passada, e aqueles canudinhos de chocolate que são vício e a preguiça de me dedicar aos meus vinte minutos de exercício... baldei-me tanto - aliás, completamente - raios... tenho mesmo de fazer posters de gente assim, com tudo no sítio e que dão vontade de despentear o sítio às coisas, sei lá... olha, vou ali dedicar-me vinte minutos às próximas bolachas e pensar no pessoal que me quer impingir teorias de coaching a que eu só ligarei se me arranjarem um coacher como este coucher aqui esparramado num belo couch :)) aiii que vontade... não me lembrem do sofá...