quinta-feira, 25 de junho de 2020



Estranha esta sensação do nunca estar cada vez mais perto, mais presente, mais adentro, que me pára os pés já a caminho. Tão pouco ainda para trás, e tanto que falta para chegar ao nunca, para o ser. Ainda que já cá esteja, já seja. Como o infinito num espelho fechado no próprio reflexo infinitamente, até nunca mais, sempre. 
O nunca como sentença perene e consciente sempre me assustou. Como uma amputação, uma mudança irrevogável e irrecuperável, que pesa toda a (nossa) eternidade num vazio que tem tudo... que esperamos venha a ter tudo.

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