Vejam onde põem os pés, cuidado com o que pisam.
[... e depois fico a olhar para o que escrevi. Gostava de ser assim, gostava que fosse assim. Com uma justiça implícita. Cuidado com o que pisas, com quem pisas, porque podes ir ao chão. O mais certo é ires ao chão. Mas não. Depende. Não há justiça, há é, às vezes, pessoas que dão troco. E bem, se merecido. Depois há outras que não lhes assenta na pele o papel de caixa tesoureiro. Não dão troco, ficam a dever. E bem sabemos que ficar a dever é muito feio. E até injusto. Mas há pessoas assim. E as vezes têm pena de não ser mais mercantilistas com essa coisa dos trocos, mais contas certas, não ficar a dever nada a ninguém.
E depois fico a olhar para o que escrevi, enquanto tomo o pequeno almoço fico a pensar em tudo... estou preocupada, ansiosa, com muita gente e o que lhes acontecerá; sinto-me responsável mesmo que eles mesmo me desmintam, mas sinto. E a pessoa que eu sei, pelo nosso histórico, que mais depressa me apunhalaria (pode ter mudado, aprendido até, mas a essência das pessoas não muda, ou eu não acredito), é aquela que está em maior risco, ou assim me parece pelo que oiço. E ainda assim dou comigo a pensar que mais vale apunhalar-me outra vez do que eu pensar que não tentei tudo para lhe dar essa oportunidade (ou melhor ainda para ela não a aceitar e fazer-me acreditar que há coisas que podem mudar). Para ter a certeza que nunca lhe fiz o mesmo.
E depois fico a olhar para tudo isto. Há certa estupidez que de tão entranhada deve estragar a espinha. Ou assim, não sei. Talvez não seja preciso sempre dar troco, mas às vezes podemos tentar não evitar que a vida o dê a quem merece... mas depois há a estupidez essencial de cada um (que não tenho provas que mude, mas que de certa forma tenho sempre esperança que os outros deixem de se aproveitar dela). Vê bem onde pões os pés, vê bem quem pisas. Podes ter sorte. ]
Olá Vi, gostei da foto aonde o miúdo com a máquina fotográfica está à espera de registar o seu momento de fama...em que a "Lady" de saltos altos vai dar um tombo colossal ao pisar os berlindes.
ResponderEliminarE um tombo colossal é os que "pisam" alguem, pois mais dia menos dia recebem o troco;)
Será, Legionário?
EliminarVejo muito gente a quem o troco fica a dever-se. Já se cruzaram na minha vida, mais de perto ou mais longe(não o suficiente aparentemente), algumas criaturas que ficaram sem troco. Pelo menos de mim (sempre me abstive, ou quase sempre e nunca na mesma medida). E não duvides que mereciam. Uns porque me magoaram muito, talvez sem consciência que o faziam, outros perfeitamente conscientes.
Sabes, já acreditei que o Universo era curvo, perfeitamente redondo, e que de uma forma ou de outra as contas ficavam saldadas, agora sei que não é assim.
Quanto à foto achei uma delícia ;)) gostava de depois poder ver as fotos :D
Bom dia, Legionário