quarta-feira, 12 de junho de 2019

[foto @zynp]

Esguias,
empoleiradas na jarra.
A luz a cair do dia,
inclina-se-lhes,
aconchega-se quando lhes chega
quente e lânguida,
a escorrer das paredes, quase anoitecidas
É esta a hora apetecida
que tantas vezes me esquece apetecer
Em que sou
o tempo que me foge
para poder estar
Sabendo ser(me).


[a hora mais melancólica do dia, a cor mais lânguida, a inquietação mais vagarosa, o tempo para preencher de mim, e o espaço enche-se de palavras para me deixar a boca vazia, cheia de alma. Sabe-me bem o tempo às vezes.]

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