quinta-feira, 16 de maio de 2019

[foto via @bnwsouls]


É como se tivesses morrido.
Com a diferença de ter sido eu a matar-te. Em mim, para mim, por mim. 
Um luto em legítima defesa pela sobrevivência dum futuro
que ainda quero apanhar, espremer com mãos, pele e boca de amor - viver.
Tempo que mataste durante demasiado tempo. 
Que luto para que não tenha morrido contigo. Comigo.


2 comentários:

  1. ...e mesmo que tivesses morrido, certamente apareceria alguém, na tua morte, que te diria "levanta-te Lázaro e vive"!

    bom dia agora Olvido


    Ps: mas não me parece que sejas mulher para necessitar disso, tens demasiada vida para morreres, assim, tão facilmente! Como dizes, ainda vais "apanhar, espremer com mãos, pele e boca de amor- viver"!

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    1. Será, Indigo? Não espero que ninguém "me salve", terei de me levantar sozinha, ou morrer sozinha. Apoio-me só naqueles que me são, sem discussão ou redenção, muitas vezes sem mesmo eles saberem. Conto com pouco mais que isso, na verdade.
      (sabes eu não sei que tipo de mulher sou, sou o que sou, o que fui, o que ainda serei... já me disseram muitas coisas, muita vida, muita intensidade, alma grande, mau feitio, sei lá... mas sei que ninguém morre devagar facilmente, isso não. Agora que quero muito ainda experimentar a vida e que ela me experimente... ahhhhhh disso não tenhas dúvidas, que eu também não. Às vezes só me falta força, mas não vontade!)
      Bom dia, Indigo :)

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