quinta-feira, 30 de maio de 2019

[ foto @stevemccurryofficial, modificado para preto&branco]

Aquela maneira que ela tinha de se apoiar na própria sombra. De fechar os olhos embalada pela respiração da terra, como sua, como o balançar do colo duma mãe que ela já não lembra. De rir com o canto dos olhos e pelas rugas traquinas do nariz empinado. De comer os doces com as mãos que os faziam. De amar sem mãos, nos silêncios das distâncias nunca ausentes. De falar como se todas as histórias fossem contos rematados de alma. Mesmo quando são de encantar, ou principalmente essas, que a vida tem sempre como desencantar de vida. De realidade.

(.... e como está a vida encantada de noite, agora na minha varanda. como se está bem, e a noite quente, deitada aqui. )

2 comentários:

  1. Noite quente, céu aberto, recordações doces :) Feliz por estares bem, querida Vi
    :)
    Beijos
    nanda

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