domingo, 16 de junho de 2019



Passeio a Pintarolas a cheiros e o silêncio pensa-me, tem uma batuta que me orquestra os pensamentos, ainda que nem sempre os afine ou os musique... Olho para trás e percebo que tive pessoas fracas na minha vida. Talvez seja um padrão, talvez elas me escolham, talvez eu me tenha deixado escolher para tentar de todas as maneiras que sabia, fortalecê-las, fazê-las olhar para dentro e verem mais do que julgavam encontrar, e ver o que eu via além daquela insegurança. E com isso fazer-me amar, será? ( e talvez isto diga muito das minhas inseguranças, da minha própria fraqueza)... Mas acho que se fortaleceram, que se viram melhor do que até aí conseguiam. Sei-o. Que lhes dei isso de mim, arrancado, rasgado de mim, talvez. Só não sei se me enfraqueceram. Talvez o nosso inconsciente nos diga que as pessoas fracas não nos esmagam, que não nos magoarão (e isto é certamente insegurança, medo, mais uma vez, fraquezas minhas). O inconsciente está errado. Magoam. E eu tenho de, e vou, mudar o padrão. 

[já alguém da blogosfera, há uns anos, me dizia, tu precisas dum gajo que não tenha medo de te pôr os pontos nos i’s, de tos apontar, que te olhe de igual, não de cima, mas certamente não de baixo, alguém que te veja e te mostre - alguém que faça por mim o que fiz por outros.]

2 comentários:

  1. Arruma lá "isso" bem arrumadinho, que por vezes é necessário. a seguir ver-te-às mais confiante.

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    1. De há uns tempos para cá ando em arrumações, sim. É preciso, para arranjar espaço para que outras coisas possam surgir e tornarem-se parte do meu espaço, de mim.
      Não sei se isso que dizes é verdade, Miguel, de depois me sentir mais confiante.
      O acréscimo de confiança vem dos sucessos que vamos conseguindo com o que somos, resultam de validações suponho. E o único sucesso que consigo descortinar foi, talvez, ter-me levantado sempre que o chão se desmoronou debaixo de mim - umas vezes melhor outras pior - e saber que as quedas me mudaram as perspectivas e o olhar em muita coisa, mas não me amputaram o coração. Ainda.
      Gosto de ver outra vez por aqui e por aí :)

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