terça-feira, 28 de julho de 2020


Há muito que não começava o dia assim.  Aliás há muito que não tomava um café sozinha fora de casa. E agora percebo que me dá ia falta, que me sabe bem. Que tinha saudades.  Gosto deste tempo sozinha, sempre gostei, desde que me lembro. O que alguns estranhavam para mim era natural, e até  necessário às vezes. Mas fico aqui a pensar, a olhar para este pacote de açúcar que não vou abrir, que me vale um doce este bocadinho. E vale. Mas se daqui a uns meses, como estou à espera que aconteça, venha a ter tempo demais para todos os cafés que queira, para demasiado tempo para pensar, para tudo, já não vai ser doce assim. A intensidade com que se vive as coisas de que se gosta deve ser inversamente proporcional ao tempo que podemos ter para as viver. E isto talvez explique muita coisa. Mas não dá grande consolo. Agora vou consolar-me com este café, depois passeata a seis patas, que daqui a poucas horas já não vou ter tempo para pensar os cafés nem para passear as patas...

4 comentários:

  1. Diz a música" Dou-te um doce em troca de um beijo salgado"[risos]
    Brincadeiras à parte, esses momentos a sós connosco são regeneradores, pelos menos para mim e cada vez mais preciso dessa calmaria ao pequeno almoço.
    Essas das patas lembrou-me uma anedota fatela, mas prontos cá vai: sabes quem fode com as patas?

    Agora ri-te destas minhas parvoices, porque hoje só sai disto[risos]

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    1. :))) sim, regeneradores, concordo. E nem me apercebi o quanto andava a precisar disso.
      ... quanto à tua anedota/questão nunca tinha ouvido, mas eu diria que os patos... e que patos há muitos... Como diz o outro ;)

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    2. É um piada muito seca, quem fode com as patas é o elefante, por onde passa fode tudo. Prontos, faz um esforço e ri-te

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    3. ... não estava à espera disso Valhamedeus ... é seca realmente, prontos :)) seca por seca , olha, gostava mais da minha versão ;)

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