quinta-feira, 24 de outubro de 2019




Não é a toda a hora, 
mas muitas vezes pego no telemóvel para falar com alguém 
que me faça esquecer que exististe. 
Já não me basta a tua existência no meu passado.
 Quero a tua inexistência definitiva como infinitiva. 
Procuro em mim a inexistência do teu silêncio, só.

Outras vezes pego no telemóvel para escrever estas coisas,
enquanto fumo um cigarro na varanda,
 e vejo a noite passar a frio e as palavras atravessarem-me a quente.

Sem comentários:

Enviar um comentário