Não é a toda a hora,
mas muitas vezes pego no telemóvel para falar com alguém
que me faça esquecer que exististe.
Já não me basta a tua existência no meu passado.
Quero a tua inexistência definitiva como infinitiva.
Procuro em mim a inexistência do teu silêncio, só.
Outras vezes pego no telemóvel para escrever estas coisas,
enquanto fumo um cigarro na varanda,
e vejo a noite passar a frio e as palavras atravessarem-me a quente.
Outras vezes pego no telemóvel para escrever estas coisas,
enquanto fumo um cigarro na varanda,
e vejo a noite passar a frio e as palavras atravessarem-me a quente.
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