quinta-feira, 3 de março de 2016


Não fechei o blackout, dei com este sol a acordar o quarto e tudo nele, até eu, que queria dormir mais e os olhos já não queriam. Banho e um daqueles pequenos almoços que eu gosto, é das partes que gosto nos hotéis, o pequeno almoço. Nos últimos anos tenho desenvolvido a arte de aproveitar estes pequenos almoços sozinha, a olhar em volta, apreciar a fauna, o movimento, além do sumo de laranja e os ovos mexidos... Gosto disso sem pressas, hoje pode ser sem pressas, parece-me. Mas o que ia mesmo bem agora era ter aqui umas mãos que me tocassem como esta luz toca as paredes do quarto, ilumina-as, dá-lhes vida, muda-as e nunca deixam de ser o que são. O amor é isso. E eu queria umas mãos de amor aqui agora. Antes do banho. Não tenho, segue o banho...

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