sexta-feira, 4 de março de 2022


 ... onde faltam vírgulas e pontos finais. onde as reticências são abusadas em divagações lentas ou imaginações urgentes. onde todos os sentidos têm sentido, sentindo-se. lê-me ao ritmo certo, onde o meu é o teu, numa dança a dois, duma música só nossa. pautas ainda por escrever, feitas de silêncios e entrelinhas, onde todos os significados significantes são entendidos sem explicação. lê-me onde não digo nada, onde muda me espero e tu me adivinhas. lê-me a pele na tua. Estou cansada desta aliteracia quotidiana. destes best-sellers de trazer no bolso de histórias take-away da carochinha que nem chegam a casa. dá-me algo que eu queira ler com a pele, e revisitar cada página todas as noites e ponto final.
parágrafo.
mudar de linha.
de livro.
de tudo.

2 comentários:

  1. "lê-me onde não digo nada", e mais nada digo eu, pois até os santos caiam do altar:))

    Bom fim de semana, Vi;)

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    1. ahahahah... aqui não há altares, e espero que santos também não :))

      Bom fim de semana, Legionário ;)

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