Sai-se ainda de dia do trabalho agora, e apetece mais o hábito de fazer a ponte entre o trabalho e a noite, esticar as margens enquanto se fuma um cigarro ou dois. Então dá-se rumo a esse desejo e a um pedaço de silêncio. Olhamos as nuvens no horizonte, e do por do sol aprisionado imaginamos as cores quentes de que se gosta o céu pintado. As árvores abanam-se na sua dança do vento e a janela semi aberta deixa entrar o som dessa dança que nos dança nos ouvidos. Não é o meu Alentejo mas dá uma certa paz, e devolve-nos algum tempo. Algum não vem ser memórias, mas estão talvez apaziguadas, inofensivas quiçá.
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