... e quando se deixa o resto para trás, às vezes reencontram-se sítios bons, gargalhadas novas ou renovadas, longas conversas em baloiços velhos (e um que mal se segurava mas não deixou cair ninguém...), praias desertas com a banda sonora original depois de esplanadas à pinha com música além dos decibéis aconselhados (ou que eu aconselharia) numa paragem para café e observações da fauna local, ou emprestada de Lisboa como era o caso... O sol nunca queimou mas também nunca nos deu frio. Às vezes vimos para estar sozinhos e estamos com pessoas que nos fazem tão bem e nos entendem tão bem como estarmos só connosco. É talvez paradoxal, estranho mesmo até certamente, mas as pessoas que mais gosto são aquelas com quem estou como se estivesse sozinha, estar com essas pessoas é estar comigo inteira, e são as únicas que são capazes de me arrancar da solidão, se e quando a sinto. A solidão, aquela verdadeira, que mais não é que saudades de alguma parte de nós a que não chegamos sozinhos, estados de alma que precisam de alguém que nos leve pela mão até aquele ponto de nós. Talvez porque a certo ponto já são parte de nós, e é lá que às vezes nos encontramos de novo. Não trocava a minha solidão por nenhuma companhia que só faça número, mas me deixe mais só que sozinha. Porque há essa grande diferença. E continuaria aqui, sozinha ou com quem não se estranha partilhar o silêncio das ondas sem ter de se dizer qualquer coisa, porque é suposto para alguém. Mas não para mim. E agora fazer o jantar. Para mim :)
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