Cá fora, enrolada numa manta, olho para cima, acima de mim está uma pinha que não tarda me cai na pinha venha o vento de feição e intenção. Ao longe oiço cães a ladrar enquanto carros passam a rasgar os barulhos da noite, que são silêncio. Este silêncio dos sítios de sossego, de lonjura, de tranquilidade doce. Daqui a uma hora as luzes daqui de fora desligam, vão dormir, os carros também. Os cães provavelmente continuarão a ladrar. Eu provavelmente aqui estarei outra vez, o olhar de soslaio a pinha que me quer acertar na pinha. Ao longe a tocha enorme continuará a queimar e a iluminar o horizonte, ainda que escondida por trás dum manso pinheiro. Assim são as coisas. E as metáforas que tão bem lhes assentam.
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