sábado, 16 de outubro de 2021

 Acordo e penso que passou. Levanto-me enfio-me na cama da miúda, abraço-a sinto-lhe o cheiro dos cabelos. Discretamente, quase para não se dar conta, a cadela sorrateira sobe para os pés da cama. Não passou. Não sei sequer o quê, mas sei que não passou quando sinto lágrimas silenciosas que não autorizei caírem de terreno seco e árido, aos olhos secos de tanta gente. Há em mim vários lutos mudos e calmas revoluções que não controlo, e nem sei se conheço. Não passou, só me falta descobrir o quê.

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