Os dias já estão a encolher, a luz já anda apressada. Parece que sai mais cedo para o outro lado do mundo. É uma pessoa tem de correr para ainda a apanhar colorida nas árvores, dourada na paisagem nesta hora perfeita de despedida.
E eu dou por mim a semear a alma nos instantes em que o olhar se perde em horas antigas, mas já só aceita colher futuros. Talvez também a vida já ande apressada.
[ está um mocinho aqui parado, uns metros à frente, numa bicla a olhar o horizonte comer o sol até ao fim… e fiquei curiosa com o personagem, que será que pensa? Será uma alma desassossegada? Perguntará o mesmo de mim?]
Este horário de verão deveria ser o ano inteiro, pois gosto imenso destas horas.
ResponderEliminarQuanto ao mocinho, ficou com alma desassossegada por ver uma bela ninfa;)
ahahhaha... olha seria abençoado esse desassossego, mas não me pareceu :)))
EliminarAdoro estas horas, este lusco-fusco dourado, parece que por momentos se suspende o tempo e a vida, só para olhar para isto :)
Mas não tens a sensação que é cada vez mais difícil deixar a porta aberta ?
ResponderEliminarTenho, e cada vez tenho mais a sensação que não depende de vontade, não somos nós que a deixamos, ou não, aberta... simplesmente acontece assim, não sou eu que faço nada para isso, foi talvez a vida que fez... já nada me arrebata, já não se espera demais, já não se sobe aos píncaros nem nos estatelamos no chão. Quando não se voa muito alto, a queda já não quebra as asas... mas ainda acho que é possível voltar a surpreender-me e dar com uma porta escancarada de tal forma que seja impossível não entrar, e sair de onde estamos. Não espero nada, mas acredito nas possibilidades macacas da vida :))
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