Começar o dia devagar, a meia luz, com um toque quente e firme, não demasiado leve nem o seu contrário, apenas a medida certa numas mãos que nos percorrem enquanto nos deixamos levar àquele limbo entre o adormecer e o acordar dos sentidos. A mente vagueia, ou perde-se, não sei por onde, frases soltas pela cabeça, imagens por sossegar, esquecimentos por esquecer, mas o corpo regressa como que em vagas de consciência de si, ou de mim. Deixo ir e vir cada pensamento, como um fluir que não prendo nem busco. Fico a pensar, de olhos fechados... a pele também tem uma linguagem, mesmo que ande muda por algum tempo. E tem memória, adormece por vezes, mas também sonha acordada. Saio de lá leve e lenta como uma manhã de domingo, como um feriado no meio duma semana caótica, exactamente o que se quer. Para a semana há mais. Não viajo como se a vida dependesse disso, não tiro mais de três semanas de ferias por ano, tenho um carro com a idade da minha filha adolescente, não gasto dinheiro em marcas de roupa, não faço muita questão em jantar fora (embora cozinhar não seja um prazer...), mas há muito que queria uma rotina de massagens... acho que decidi que não é desperdício, que não devo poupar em mim (já muita gente, de muitas maneiras , o fez por mim), que me faz bem, e que me sabe bem. Acho que cheguei lá, a esse ponto. Finalmente.
Fazer por nós, sem culpa, nem arrependimentos. Fazer porque sim, porque merecemos.
ResponderEliminar:)
Bom domingo Olvido
Porque sim, é (para mim) cada vez mais a melhor resposta ;))
EliminarBoa semana para ti, JI :)