quarta-feira, 1 de setembro de 2021

[foto @vorosmate]
 

Dias há em que só apetecem coisas simples, sem ruído, sem complicação. Sem cores, gente, ou palavras a mais. Como um deixar fluir natural, sem puxar ou empurrar, sem esforço ou deliberação. Só assim, simplesmente ser e estar, sem mais. Uma contemplação sem peso, quase como um olhar sem ver, como a leveza duma existência sem consciência de si. Um abandonarmo-nos sem deixarmos de ser. Não desejar nada e ser sensação envolvente de ter tudo, mergulhar no essencial, e ser parte dele. Era o que me apetecia hoje, uma simplicidade destas, uma tarde que fluiria ao ritmo da alma. E hoje a minha está sonolenta, ou adormecida, mas quase em paz. Quase.

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