domingo, 9 de fevereiro de 2020


[Mia Couto, in Venenos de deus, remédios do diabo]

Os registos guardados do último fim de semana. Registos que mais me disseram, que mais gostei. Um dos excertos já tinha sido publicado num outro blog que tive, mas na altura tinha-o apanhado pela net, não tinha lido o livro nem tinha ideia de que livro era o excerto de ter medo de não haver regresso de algumas pessoas. Encontrá-lo fez-me sorrir, e a frase que depois disso me ficou vem depois: “amar é estar sempre chegando”. Talvez seja, desde que nunca se tenha, de facto, partido. Quem parte e chega será cheio de suficiências: razões suficientes para partir e para chegar, afecto bastante para suportar o suficiente. Mas não se ama o suficiente ou é insuficiente o descaso, o suficiente não é medida para o amor. Ou é ou não é, e quando é, é desmedido: infinito. Para o bem e para o mal, o amor é feito e desfeito de infinitos.
Ainda tenho outro livro do Mia Couto na calha, por ler, vou deixá-lo serenar, é um autor que tem um tempo próprio para ler, ou melhor, um espírito para se ler inteiro. Agora vou ler dois ou três constantes do plano não planeado de leitora para este ano... o ano passado foi pobre em leituras. Andei mais a tentar ler-me por dentro, é por certo uma leitura que devíamos fazer mais vezes... 

2 comentários:

  1. Acho que em todos os dias, devemos parar um pouco e ler-nos um pouco por dentro, pensarmos em nós mesmos e isso faz-nos muito bem.
    Olá Vi, bom domingo com as pintarolas:)

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    1. :) nem sempre acontece termos tempo para isso, outras vezes fazemos por não ter... mas faz-nos sempre bem, concordo contigo.
      Boa semana, Legionário

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