quinta-feira, 14 de março de 2019



[foto via @urbanreport]

O que eu quero? O que eu quero é o sol como recompensa de quem dá calor. O que eu quero é o sol para quem se encharca até aos ossos em busca dum só fio de cabelo de luz que faça acreditar - acreditar em alguma coisa além. Não o merecem os que ficam debaixo de telha à espera que a chuva passe ou se canse, ou os que descansam enquanto outros escalam as sombras até às nuvens para as reparar, para que deixem passar a luz. Nem os que ficam à espera que o sol rompa a parede por uma janela feita à (sua) medida. Não, eu quero o sol para quem arrisca correr a tempestade, quero prémio por vontade, por ganas, por paixão feita movimento e força, não que seja bónus de quem nada nunca fez, mas aconteceu acontecer-lhe o sol nascer perto. Quero que cada um tenha tal e qual como escolhe querer. Se se fica pelo menos mau, se se quer só se der, então que dê só nessa medida do seu querer, mas se quer com tudo e mesmo debaixo de intempéries, com os ossos a escorrer e a exaustão a marear as pernas, nada lhe lembra demover-se do querer, que o tenha nessa exacta medida. quando tiver, se tiver  -  sabe-se bem que nunca se sabe.
Que o sol não nasça igual para todos, porque não são todos iguais. 
Esperança e optimismo qualquer um arranja de mãos nos bolsos, já a felicidade tem mesmo de ser corajosa.

4 comentários:

  1. Acho que a motivação da nossa vida é a felicidade.
    Bom dia Vi, com um Sol de pasmar:)

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    1. Bom dia, Legionário :)
      Eu vou estar fechada todo o dia, provavelmente nem irei ver sol...

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  2. Quem não arrisca não petisca... A felicidade não bate à porta só porque sim. Temos de a procurar, nem que seja para cair novamente.
    Um beijo com saudades menina-fogo :)

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    1. Olá, menina desaparecida :)
      ... sabes, eu até acho que a felicidade nos bate à porta, que é uma coisa que acontece e nos surpreende, que não contamos, mas a partir daí cabe-nos a nós abrir a porta, ou a janela ou rasgar o telhado para a fazer entrar e acomodar-se no nosso sofá, de a manter, de a agarrar, de a querer, no fundo. Cada vez acho mais isso que há uma parte que não está nas nossas mãos, mas depois cabe-nos a nós reconhecer o que querermos ou não, e fazer pelo que queremos realmente. Já uma parte que é dádiva, outra é vontade.
      Beijo grande, e não desapareças assim que fazes falta!

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