sábado, 27 de outubro de 2018

[imagem via @ourclickdays]

Sábado. Dia bom para pôr a escrita em dia. A escrita de dentro que não se dá a ler, a escrita que se esconde no silêncio das frases que não dizemos, que calamos, que guardamos para escrever quando o por dentro, sozinho, se põe a falar com os sonhos que morreram, com os medos que todos os dias acordam, com o futuro que vê no horizonte a arder e que já queima por dentro. Conversas com a dor que está para vir e já chegou, conversas que queremos acalentar com uma alegria que o sol aquece porque faz florir a alegria nos corpos, como nas flores. Vamos ajeitando os dias, compondo as horas, com aquela ideia essência dos girassóis e procuramos o nosso sol longe do horizonte que preferimos não ver, mas que vai chegar - sabemo-lo como a inevitavilidade do sentir, mesmo o estúpido, ou principalmente esse -, que nos apanhe com um girassol numa mão e tantas palavras guardadas por dentro da outra. 

6 comentários:

  1. Um dia chegará esse momento Olvido!

    bfs

    -____-


    p: adoro essa flor de girassol!

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    1. Pois chegará, e não estou com pressa... ter a lucidez de saber o que (com fortíssimas probabilidades, não é do nada ou com propriedades adivinhatórias...) o futuro nos reserva e na verdade não encontrar, ou não saber, maneira de o impedir não é bom nem para o presente, nem melhora o dito futuro...
      Também goto do girassol, não tanto pela aparência da flor, mas pela essência da busca de luz, de calor :) ... da aparência gosto do ar alegre e brincalhão, leve ;))
      Bom domingo, Corvo

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  2. Olá Vi, deixo-te um girassol na mão e que olhes sempre para o Sol;)
    Bom fim-de-semana:)

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    1. Obrigada, Legionário :)
      ... mas não devemos olhar directamente para o sol... se calhar, na verdade, gostamos é de apreciar ( e só aí apreciamos verdadeiramente, quiçá) o sol na sombra que a luz dele nos dá...
      Bom domingo, Legionário ;)

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  3. Ao ler este teu post visualizei uma árvore que nesta altura vai largando as suas folhas ao vento e despida espera pacientemente pela Primavera.

    Beijo daqui até aí ;


    [Ps: e o ginásio ;) ]

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    1. ... e atravessar o inverno despida, de pés presos em raízes é duro de tão frio. Só a ideia de primavera parece render o desespero, mas nunca sabemos se chegaremos ao fim do inverno...
      Beijo, Perséfone:)
      [o ginásio anda sob avaliação... ;) ]

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