[foto @nicoladavisonreed]
Meu,
Teu,
Numa trança.
Cortámos a trança
Cortámos a trança
Com lâmina afiada
Mas ainda me aparece
No bolso
Do tempo parado
Mas ainda me aparece
No bolso
Do tempo parado
Na correria de qualquer dia
Tantas estações depois,
Tu, eu.
Dois e um bolso,
Cheio de nadas entrelaçados
Duma trança que já não é tua,
nem minha.
Que raio faz no meu bolso?
[vi esta fotografia, o semáforo onde a seguir parei deixou cair as palavras. Não sei de onde. Deviam estar num bolso e eu não sabia. Talvez há muito tempo, talvez só desde que o preto e branco da foto me acordou a retina. Não sei. Não importa. As palavras surgem-me, às vezes ainda as tento agarrar a tempo de não fugirem completamente. Outras deixo que fujam, noutras até quero.]
Certos cortes, congelam a vida, o momento parece eternizar-se...Felizmente conseguimos seguir, uns melhor, outros pior mas cá estamos. Um beijo e bom fim-de-semana.
ResponderEliminarSeguimos viagem, mas às vezes , no caminho, algo nos lembra o que já foi, algo, que de uma forma ou outra se eternizou, porque continua a surgir-nos na algibeira dos dias. Não sei se é bom , ou mau, sei que (me) acontece...
EliminarTambém me acontece e é nesse momento que congelo, depois é mesmo seguir. Às vezes dói tanto que preferia não sentir como o poeta.
EliminarE também há palavras que nos ficam para sempre Vi;)
ResponderEliminarHá, e curiosamente sofrem algumas metamorfoses ao longo do tempo... passam por várias leituras e interpretações. As mesmas palavras não as entendemos sempre da mesma forma à medida que vamos calcando a linha do tempo. Talvez como aqueles livros a que voltamos em fases diferentes da vida, e sendo o mesmo livro, é sempre um livro diferente que interiorizamos.
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