quarta-feira, 3 de novembro de 2021

 


Ontem encontrei um amigo. Estava feliz, está a viver uma história que queria. Há tempos tinha-me dito que não sabia se ia correr bem, mas que o que já tinha vivido com aquela pessoa, já ninguém lhe tirava. Os momentos que viveu, e que recordava, já ninguém os poderia apagar, roubar, tirar, diminuir. Como um saldo de felicidade intransmissível e eterno. Como dizia Kundera, cada segundo tem o peso da eternidade (ou qualquer coisa assim…). Pelo menos aqueles que recordamos e nos recordam de nós, acrescento eu. Hoje de manhã, enquanto guiava, lembrei-me disto. Percebi-o perfeitamente quando o ouvi dizer : “o que eu vivi com aquela pessoa já ninguém me tira”. Verdade.  E enquanto fazia pisca para mudar de direcção, a caminho sei lá de onde, ou em que direcção, lembro-me de pensar, há dias, ainda há dias, mesmo que poucos e cada vez menos, que a única coisa que eu queria é que me pudessem tirar isso. Em que a única coisa que queria que me pudessem tirar, era isso, só isso, isso que é impossível alguém tirar. Às vezes, ter sido feliz por momentos é um castigo e um fardo. Um saco demasiado pesado para se carregar. Que ninguém nos tira.

2 comentários:

  1. Ai Vi, Vi, Vi!
    Que faço contigo moça?!
    A felicidade... Só sabemos que fomos ou somos felizes porque um dia não fomos. E tudo, mas mesmo mesmo tudo é passageiro e acaba. Mesmo tudo. E assim como foste, voltarás a ser,a ter, a sentir felicidade.
    Mas é preciso acreditar!
    Ai, ai, ai, ai, ai, ai!
    Não me posso ausentar? Hum? Hum?
    Marota da moça!
    Beijo grande e coragem, a semana está quase.

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    1. :)))
      Verdade o que dizes, assim como o seu corolário, também só depois de ter sido feliz sabemos o que é não o ser… e faltar alguma coisa onde antes não sabíamos faltar. Mas tens razão, é preciso acreditar :)
      E a semana já acabou, venham dois dias de descanso ;))
      Bom fim‑de‑semana, Mafy :)

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