[apaixonei-me por esta foto há tempos, nem vos digo quanto, estive para pô-la aqui no header, optei por não a pôr aqui, mas adoro tudo na foto, tudo - e de certa forma, agora depois de ler o post, acho que encaixa bem aqui]
Manuel A. Domingos
às vezes perde-se a vida por delicadeza para com outros, ou por medo de confrontos, ou até por vergonha de lutar (de uma forma que poderá ser entendida como egoísta) por aquilo que queremos,
como se estivéssemos com isso a ferir alguém, a roubar algo nosso de alguém.
... e essa perda de vida - da nossa própria vida, ainda que às vezes tão pouco nossa e própria - da única que temos, ainda que seja uma perda muitíssimo delicada, nunca é delicadamente perdida,
...é brutal, brutal como quem arranha as paredes com as unhas, como quem esgaça a própria pele com os dentes, exibindo um sorriso rasgado que esconde uma dor de que não se regressa.
A vida que se perdeu não volta nem se recupera, talvez apenas se recupere do medo de a perder depois de estar perdida e passada. Talvez aí se possa viver delicadamente, mas não por delicadeza.
Não esperemos que alguém venha limpar as nossas conclusões, ou apagá-las como quem nos apaga um cigarro que fumámos até à exaustão, porque a alma não esquece, mesmo que emudeça.
Não esperemos que alguém venha limpar as nossas conclusões, ou apagá-las como quem nos apaga um cigarro que fumámos até à exaustão, porque a alma não esquece, mesmo que emudeça.
Também gosto muito dessa fotografia, mas as suas palavras Olvido... acho que vou revisitar este post algumas vezes
ResponderEliminar"Aprende a viver o tempo que te foi dado." (Dario Fo)
Só agora me apercebi deste comentário, Somniare...
EliminarA fotografia é realmente muito boa, transmite uma certa alegria e garra ao mesmo tempo, de quem luta pelo que quer. De quem não perde a sua própria vida por delicadeza, de quem sabe que só temos uma vida há que fazer por valer a pena vivê-la.
Obrigada pelas suas palavras :)