Restos de um jantar. A lareira em estreia este Inverno, e eu com ela nesta arte de me deixar encantar pela beleza duma escuridão iluminada só pelo fogo que queima lenta mas persistentemente. Há muito que não o fazia, porque fazia demasiado tempo que não acendia a lareira e me deixava perder nela e no silêncio que impõe a certas horas da noite, quando o dia já está acabado e resolvido para maior parte dos mortais das redondezas. Não me canso de olhar, não me canso deste calor que conforta é parece despir tantas escuridões em mim. E acender outras. Não se brinca com o fogo, dizem. Mas alguém quer resistir a este? É preciso querer resistir… e eu não quero. E entre uma coisa e outra vai-se acabando o vinho (Plansel, óptimo, não conhecia antes de um amigo mo apresentar, e fazer parte duma oferta dele o ano passado pelos meus anos, estava em tempo de a beber convenhamos …).
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