Olho o rio ao meu lado, quase sossegado, e parece correr ao contrário. Voltar à origem combater a descida, subindo. Bem sei que é ilusão, que é a brisa que lhe afaga a superfície ao contrário das forças superiores que movem as profundezas, a essência das coisas. Acabo o copo de sangria aos pouquinhos, sozinha, depois de um almoço de amigas. Tento organizar ideias, por argumentos em ordem, mas é só a brisa a brincar com a vida. As profundezas arrastam-me na descida, por muito que não pareça e eu não queira parecer. Há quem veja a essência, a esses damos a mão em muitos abraços por dar. A essência não se prende a coisas, mas àquilo que se vê com a alma.
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