Também há os que nunca nascem, parece que nunca chegam a nascer, a abrir os olhos, a espreguiçar o calor do sangue, são os ante-projectos eternamente adormecidos em papel pardo, que um dia aparecem esquecidos numa gaveta fechada vezes demais.
E há os que nascem, acordam, aprendem e crescem para a poesia, começam a cumprimentá-la nas mais pequenas coisas com um sorriso cúmplice, com um olhar atento que acende músicas por dentro do silêncio, por dentro dum olhar que por instantes brilha. Passam a viver com poesia. Alguns até gostam, deliciam-se, lambuzam-se e lambem os dedos ao ler alguma. Mas nem sempre. Nem sempre sao as palavras a fazer poesia, é sempre o que as palavras - alguma coisa, qualquer coisa - nos despertam, nos elevam, nos mergulham e raptam para sítios onde não se entra sem poesia. A poesia é esse bilhete de entrada que algumas almas guardam.
"Nem sempre sao as palavras a fazer poesia", podes crer Vi;)
ResponderEliminarBom fim de semana:)
:) e é bom que assim seja.
EliminarBom resto de semana, Legionário
Gestos, olhares, sorrisos, atenções em forma de poesia...escritos de tal foma que não são decifrados nem percebidos como poesia...
ResponderEliminarBoa semana, de preferência, com muita poesia. :-)
São, acho que são, para quem a souber ver :)
EliminarObrigada, para ti também e eu ando realmente a precisar de poesia, quando não nos tiram a poesia uma pedra é só uma pedra e os dias tempo que não se dá pela passagem…